Açude Benguê, em Aiuaba, volta a sangrar após 13 anos

O açude Benguê, localizado no município de Aiuaba, a 418 quilômetros (km) de Fortaleza, voltou a sangrar depois de quase 13 anos, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). A última vez que o açude havia transbordado foi no dia 9 de maio de 2011, quando encerrou um período de aproximadamente dois meses acima do volume máximo.

Àquela época, a cidade registrou 346,6 milímetros (mm) de chuva durante o primeiro trimestre do ano, entre janeiro e março. O valor é sutilmente maior do que o apontado este ano, quando 345,3 mm precipitaram sobre a cidade. Os dados são do Calendário de Chuvas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Com 18,45 hectômetros cúbicos (hm3), o açude é o sexto maior reservatório de água da bacia do Alto Jaguaribe, atrás de Orós, segundo maior reservatório do Estado. Arneiroz II, Trussu, Mequém e Canoas vêm na sequência, respectivamente.

Desde a cheia em 2011, o açude registrou uma grande queda no aporte de água até março de 2020, quando saltou de 8% para 54% de capacidade em pouco mais de um mês. Um ano antes, o reservatório chegou a armazenar apenas 7,78% da capacidade máxima, menor valor registrado desde 2004.

A exemplo do que aconteceu em 2020, o Benguê apresentou salto de capacidade durante a quadra chuvosa. Há dois meses, em 16 de fevereiro, o açude tinha apenas 27,24% do volume total.

Além do Benguê, outros seis açudes sangraram no Ceará desde o último sábado, 13. São eles: Olho d’Água, Cachoeira, Santo Antônio de Russas, Ubaldinho, Maranguapinho e Riacho do Sangue. Atualmente, 64 açudes estão sangrando no Ceará, um a menos (Curral Velho) que na última segunda-feira, 15.

Veja lista dos açudes sangrando no Ceará

• Acaraú Mirim (Massapê);
• Araras (Varjota);
• Arrebita (Forquilha);
• Carmina (Catunda);
• Edson Queiroz (Santa Quitéria);
• Forquilha (Forquilha);
• Jenipapo (Meruoca);
• São Vicente (Santana de Acaraú);
• Sobral (Sobral);
• Benguê (Aiuaba);
• Caldeirões (Saboeiro);
• Do Coronel (Antonina do Norte);
• Muquém (Cariús);
• Santo Antônio de Russas (Russas);
  
• Fogareiro (Quixeramobim);
• Poço do Barro (Morada Nova);
• Quixeramobim (Quixeramobim);
• São José I (Boa Viagem);
• Umari (Madalena);
• Angicos (Coreaú);
• Diamante (Coreaú);
• Diamantino II (Marco);
• Gangorra (Granja);
• Itaúna (Granja);
• Tucunduba (Senador Sá);
• Várzea da Volta (Moraújo);
• Caxitoré (Umirim);
• Desterro (Caridade);
• Frios (Umirim);
• Itapajé (Itapajé);
• Jerimum (Irauçuba);
• São Domingos (Caridade);
• São Mateus (Canindé);
• Tejuçuoca (Tejuçuoca);
• Gameleira (Itapipoca);
• Gerardo Atimbone (Sobral);
• Missi (Miraíma);
• Mundaú (Uruburetama);
• Patos (Sobral);
• Poço Verde (Itapipoca);
• Quandú (Itapipoca);
• Santa Maria de Aracatiaçu (Sobral);
• Santo Antônio de Aracatiaçu (Sobral);
• São Pedro Timbaúba (Miraíma);
• Ema (Iracema);
• Riacho do Sangue (Solonópole);
• Acarape do Meio (Redenção);
• Aracoiaba (Aracoiaba);
• Batente (Ocara);
• Catucinzenta (Aquiraz);
• Cauhipe (Caucaia);
• Germinal (Palmácia);
• Itapebussu (Maranguape);
• Malcozinhado (Cascavel);
• Maranguapinho (Maranguape);
• Pacajus (Chorozinho);
• Pesqueiro (Capistrano);
• Tijuquinha (Baturité);
• Cachoeira (Aurora);
• Olho d'Água (Várzea Alegre);
• Rosário (Lavras da Mangabeira);
• Ubaldinho (Cedro);
• Do Batalhão (Crateús);
• Sucesso (Tamboril).