Eleições 2024: Manifestações discretas mas polarizadas em Acaraú
Filas demoradas e manifestações discretas em cores marcam o dia de votação para alguns acarauenses neste domingo, 6Eleitores de Acaraú realizaram manifestações de apoio discretas mas polarizadas nas eleições municipais que acontecem neste domingo, 6, dentro e fora das zonas eleitorais.
A região é cercada por distritos, um deles, Juritianha. Houve acúmulo de filas nas seções. As pessoas que aguardavam relataram esperar cerca de duas horas para conseguir votar.
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O tempo longo espera gerou burburinhos e tornou observável as demonstrações de apoio aos candidatos deste ano. A presença de vereadores, como Paulo Silveira (PSB), que tenta sua quinta candidatura, também chamou atenção e atraiu cumprimentos ao redor.
A polarização é discreta entre aqueles que se expressam com roupas e acessórios na cor azul, em apoio ao candidato do Republicanos, Duquinha, e na cor laranja, aqueles a favor da reeleição da atual prefeita, Ana Flávia Monteiro, do PSB.
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Polarização do apoio do eleitorado
Uma destas apoiadoras é Elizabete Silveira, de 57 anos, ela participou de vários comícios e destacou que não votou na atual prefeita em 2020, mas que observou mudanças positivas durante o mandato e por isso quer que ela seja reeleita.
“Se ela já trabalhou tanto nesses quatro anos, ela vai trabalhar dobrado aos quatro anos que vem, fazendo um Acaraú bem melhor”, afirmou.
Edmundo Neto discorda. O homem de 31 anos vestindo azul acredita que a educação do município piorou e esse é um dos motivos de ter mudado seu voto após quatro anos. “Vi a proposta do meu candidato sobre a educação e saúde, isso me influenciou”, afirma.
Nilma Rodrigues, de 65 anos, afirmou que só vai votar porque quer que a atual prefeita seja reeleita. “Eu me agradei dela a primeira vez e voto nela toda vez que ela se candidata. Acho ela melhor que o outro candidato”, afirma.
A aposentada, trajada em tons laranjas, diz que foi em apenas um comício devido à dificuldade logística de ir aos locais, mas afirmou que se pudesse iria em todos. “Foi muito bonito, deu para sentir a energia que ela quer passar nos próximos anos”.
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Para além da folia do período eleitoral
Ao lado destes e um pouco mais discreta estava Larissa Kerla, estudante de ciências sociais de 22 anos que não reside no município, mas se faz presente durante o período eleitoral.
“Eu não julgo a pessoa que vai para a festa, quem é que não gosta de festa? Mas, assim, esse período é um período onde a gente consegue decidir o futuro da nossa cidade, as políticas públicas, políticas que vão nos afetar diretamente”, opina.
“Considerar votar só por conta da folia não vai agregar em nada. Acredito que é importante refletir um pouco mais sobre a real importância desse período”, completa Larissa.
Adriano de Paula, de 49 anos, afirmou que este ano sua escolha este ano é por apoio familiar. Seu irmão disputa o cargo de vereador e por isso o comerciante vota nele e no prefeito que é do mesmo partido, assim como seus vizinhos.
Apesar de ter ido para os comícios na região para apoiar o parente, ele conta que não gosta do período eleitoral. “Eu não gosto, a gente até adoece. Tem muito fanatismo, por mim nem existiria esse tempo de eleição”, conta.
Obrigação de votar… ou não
Joana de Souza, de 81 anos, afirmou que vota porque gosta, já que não é mais obrigatório para sua idade. “Eu gosto, sempre gostei de votar. E não vim obrigada não, vim porque eu quis, de espontânea vontade. A gente sabe quem vai melhorar a nossa comunidade, é para isso que e voto”, afirma.
A idosa, diz que acha saudável o período de folia. “Na alegria, na paz, eu acho muito bonito, porque onde tem alegria, onde tem paz, tem Deus. Eu acho que cada pessoa deve se cuidar e trabalhar para fazer o bem, não ficar fazendo mal ao outro”, completa.
Já Manoel Filho fez 17 anos em setembro e também não precisa votar, mas marcou presença em sua primeira eleição. Na fila, aguardando sua vez, ele afirmou que a escolha do candidato foi por influência de sua família.
“Ele é conhecido do meu pai, então vou votar nele. Minha mãe também vai”, conta. O estudante do ensino médio chegou a ir em alguns comícios da companhia da família e confessou não ter expectativas sobre quem se eleger.