Vacinação: cuidados para evitar o tétano em período chuvoso no Ceará
Acidentes com objetos contaminados são mais comuns em período de chuvas. Secretaria da Saúde do Ceará reforça vacinação como prevenção mais eficaz contra o tétano
O tétano é uma doença grave causada pela bactéria Clostridium tetani, presente em objetos de metal, enferrujados ou não, de madeira, de vidro ou no solo, em galhos, espinhos, pedaços de móveis e fezes de animais. De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a única forma de prevenção é por meio da vacinação.
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Em tempo de chuvas, acidentes com materiais contaminados são mais comuns devido a dificuldade de enxergar objetos cortantes, por exemplo, quando estão cobertos de água.
“Há riscos em ferimentos que envolvam além do ferro e ferrugem, como os que ocorrem em acidentes envolvendo veículos, em caso de coice de animais, ou mesmo na manicure, ao ferir a cutícula, ou machucar os pés e ter contato da pele ferida com o solo”, explica o infectologista Francisco José Cândido, do Hospital São José, unidade da Sesa.
A pessoa infectada pelo tétano apresenta febre e dores intensas, portanto ao se ferir, a orientação é fazer a higiene do local e procurar atendimento médico.
“É importante que o paciente higienize o ferimento com água e sabão neutro para não irritar a pele, e faça uma avaliação médica na emergência, para saber se é necessário tomar a vacina ou o soro antitetânico, utilizado em caso de ferimentos mais graves”, pontua o infectologista.

Esquema Vacinal
A coordenadora da Imunização do Ceará, Ana Karine Borges, pontua que o esquema de vacinação contra o tétano inicia aos dois meses em crianças, com a vacina pentavalente. “A criança deve receber três doses do esquema básico e mais dois reforços. Após encerrar o esquema, doses de reforço devem ser realizadas a cada 10 anos”, explica.
Adolescentes, adultos e idosos que não tem comprovante de vacinação anterior e sem cadastro na assistência à saúde, devem iniciar o processo de imunização com as vacinas contra a difteria e o tétano. Ao todo, são três doses com intervalo de 60 dias entre elas. Nos postos de saúde, também é possível conferir a situação vacinal.
De acordo com a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde (Covep) da Sesa, até o dia 22 de março, foi registrado apenas um caso de tétano no Ceará. Em 2023, foram notificados 16 casos e 9, em 2024.