Ceará atinge meta mínima de 95% de cobertura vacinal contra sarampo

Ceará atinge meta mínima de 95% de cobertura vacinal contra sarampo

Índice foi atingido na primeira dose; segunda dose ainda está em 87%

O Ceará atingiu a meta mínima de 95% de cobertura vacinal da primeira dose (D1) da vacina tríplice viral, que previne contra o sarampo. De acordo com informações da Secretária de Saúde do Ceará (Sesa), a Segunda Dose (D2) do imunizante, no entanto, ainda está em 87%. 

No Ceará, uma campanha nas escolas devem ser realizadas nos meses de abril e maio. A informação é da Sesa, reforçada pelo ministro da Sáude, Alexandre Padilha, durante entrevista à rádio O POVO CBN nessa quarta-feira, 19. 

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Imunização contra a doença ganha ainda mais relevância no contexto atual, em que regiões do mundo, como Europa e a Ásia Central, registraram disparos de casos de sarampo ao longo de 2024.

No Brasil, houve dois casos confirmados nessa semana, no Rio de Janeiro. No entanto, conforme Ministério de Saúde (MS), os episódios foram "esporádicos".

País ainda mantém o status livre do sarampo, cedido no ano passado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). 

No Ceará, as últimas três notificações da doença foram confirmadas em 2021. Houve 32 casos suspeitos em 2023 e dois em 2024, mas todos foram descartados por exames laboratoriais. 

A vacinação é a principal estratégia para prevenir ocorrências da doença. A vacina tríplice viral protege contra o sarampo e tem como público alvo crianças, porém, todas as pessoas de 12 meses a 59 anos podem ser vacinadas. 

 

O sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. De acordo com o Ministério da Saúde, "sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas", sendo a vacinação a maneira mais efetiva de evitar a patologia. 

Sintomas principais da doença:

  • Exantema (manchas vermelhas) no corpo e febre alta (acima de 38,5°) acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas:
  • Tosse seca;
  • Irritação nos olhos (conjuntivite);
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Mal-estar intenso;

Fonte: Ministério da Saúde

"Abandono vacinal" no Estado preocupa

Ana Karine Borges, coordenadora de Imunização da Sesa, explica que o imunizante, que também protege contra contra caxumba e rubéola, é aplicado em duas doses, com intervalo de três meses entre a primeira aplicação e a segunda. Ela também destaca a importância da vacinação completa ocorrer na infância. "A criança precisa se vacinar o quanto antes para não se tornar um adulto suscetível (a patologia)".

De acordo com Ana Karine, há um "abandono no esquema de vacinação" que preocupa. Segundo a coordenadora de imunização, entre os motivos que podem explicar a situação está o de que crianças costumam ser levadas com mais frequência para consultas médicas até um ano de idade. 

Depois disso, a procura tende a ficar mais espaçada. "A gente percebe que, quanto mais se afasta dessa faixa de um ano, mais há um abandono (no esquema de vacinação)", destaca. 

Estado realiza ações estratégicas para prevenir doença

Em busca de evitar que novos casos surjam no Ceará, o Estado tem realizado ações preventivas. De acordo com Ana Karine, a Sesa observa tanto o cenário nacional como o internacional, e realiza, junto a órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Vigilância Epidemiológica, ações de monitoramento em locais como aeroportos, por onde passam diariamente pessoas vindas de diferentes locais. 

Se for identificado um caso suspeito, há uma atividade de vacinação feita de "forma imediata", mesmo sem confirmação.

Para incentivar a imunização, a pasta tem realizado o Dia D de Vacinação, uma vez por mês, que busca intensificar as ações em todo o Estado. 


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