75 escolas do Ceará recebem laboratórios e bolsas para estimular estudo da ciência e tecnologia

75 escolas do Ceará recebem laboratórios e bolsas para estimular estudo da ciência e tecnologia

Bolsas remuneradas para estudantes terão critérios de raça e gênero para incentivar participação de meninas e jovens negros

Para estimular o estudo da ciência, tecnologia e robótica na educação básica, 75 escolas do Ceará, divididas entre 14 municípios, receberão equipamentos para laboratórios. A iniciativa faz parte do programa federal Mais Ciência na Escola, que também fornecerá bolsas remuneradas para 750 alunos e 75 professores.

O objetivo é incentivar os estudantes a colocarem a “mão na massa” para produzir projetos tecnológicos e inovadores, transformando a teoria aprendida em sala de aula em prática. Ferramentas, impressoras 3D e máquinas fresadoras (para usinagem de precisão) são alguns dos itens que compõem os kits distribuídos entre as unidades selecionadas.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

“Nós queremos aproximar nossos estudantes da ciência. A ciência não pode ser algo distante das pessoas, faz parte do dia a dia. E nós precisamos fazer esse tipo de aproximação com mais investigação, experimentação científica, enfrentando desigualdades e ampliando as oportunidades”, disse a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 14, no Palácio da Abolição. 

LEIA: Decreto que regulamenta Ensino a Distância deve sair nos próximas dias, diz Camilo Santana

Os municípios com escolas que receberão os laboratórios são:

  • Baturité
  • Fortaleza
  • Horizonte
  • Ibicuitinga
  • Ipaporanga
  • Itaitinga
  • Juazeiro do Norte
  • Limoeiro do Norte
  • Maranguape
  • Mauriti
  • Quixadá
  • Quixeramobim
  • Redenção
  • Solonópole

O MCTI é a pasta federal responsável pelo projeto. Serão R$ 7,5 milhões destinados à implementação do Mais Ciência na Escola no Ceará, sendo R$ 2,73 milhões em bolsas e R$ 4,76 milhões para custeio. A média é de R$ 100 mil por escola. O projeto deve ter outras duas etapas no Estado, contemplando mais 75 escolas em cada.

A verba é oriunda do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A Universidade Estadual do Ceará (Uece) será a responsável pela coordenação da iniciativa na primeira etapa.

Para ela, o projeto estimula crianças e jovens a desenvolverem competências e habilidades nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Além disso, as atividades devem contribuir para o letramento digital, educação midiática e para o combate à desinformação.

A preparação para o mercado de trabalho é outra meta do programa. “Há uma revolução tecnológica de robotização, de automação, que nós precisamos adequar a nossa educação a esses desafios”, afirmou Luciana.

Lixo eletrônico será utilizado para fazer novos equipamentos em laboratórios

Um dos pilares do programa é a sustentabilidade aplicada à tecnologia. Por isso, as escolas terão pontos de coleta de lixo eletrônico que será reaproveitado nos laboratórios. Os itens passarão por uma triagem. As partes úteis para os experimentos dos alunos serão guardadas e o restante deve ser recolhido pela Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree).

“Se a gente pega uma impressora e desmonta, nós temos alguns dispositivos que podem alicerçar essa atividade dos estudantes. Um gerador eletrostático custa entre R$ 2 mil e R$ 6 mil. A gente consegue fazer com projeto de impressão 3D e com lixo eletrônico a R$ 150”, explica o coordenador do projeto no Ceará, o professor da Uece Sérgio Gomes.

Bolsas para estudantes terão critérios de gênero e raça

As bolsas concedidas pelo programa terão valores de R$ 200 para alunos do ensino fundamental, R$ 300 para o nível médio e R$ 750 para os professores tutores. Editais para selecionar os estudantes e docentes ainda será lançado.

Parte das vagas será cotada para alunos negros e mulheres. “Teremos um recorte de gênero, que é muito importante, e de raça, para que a gente possa incluir mais mulheres e também negros e negras dentro do programa”, conforme Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI.

De acordo com Sérgio Gomes os professores supervisores devem ser docentes da escola selecionada, estarem ligados a programas de formação de professores, como o mestrado nacional em ensino de Física e o curso de especialização Ciência é 10.

O POVO News entrevista ministra Luciana Santos

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar