O que são busólogos? Saiba mais sobre o hobby de aficionados por ônibus

14° edição do Encontro de Busólogos reuniu mais de 200 participantes neste sábado, 30, na sede da Guanabara

O ônibus é um dos meios de transporte mais presentes no cotidiano da grande maioria da população. Mas, para os busólogos, o veículo é mais do que um meio de locomoção, é uma paixão. O hobby reúne centenas de apreciadores anualmente.

Mais de 200 amantes de ônibus de 15 estados brasileiros se reúnem no XIV Encontro de Busólogos neste sábado, 30, na sede da Guanabara, empresa que promove o evento em parceria com a comunidade Fortalbus.

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Os busólogos são pessoas que dedicam seu tempo livre a fotografar, estudar, apreciar os veículos. Alguns também envolvem o estudo da história do transporte rodoviário coletivo, sistemas, fabricantes, modelos de carrocerias e até mesmo políticas públicas relacionadas ao setor.

A programação do encontro proporciona uma imersão única no universo do transporte rodoviário. Os participantes têm acesso a uma série de experiências planejadas para fortalecer o vínculo entre os participantes e o hobby.

"Não tem nada como receber na sua empresa pessoas que tem como hobby o ônibus. Nossa atividade é transportar pessoas pelo modal rodoviário. É muito prazeroso, são pessoas que vêm por paixão, mas entendem a dinâmica de transportes", diz Rodrigo Mont'Alverne, gerente de marketing e porta-voz da Guanabara.

Busólogos: histórias de amor aos ônibus

Vaniberg Barros, 36, é motorista de ônibus e apaixonada pelo veículo. Ela tem orgulho de representar as mulheres na função e na comunidade de busólogos, majoritariamente masculino. "No ônibus, parece que tô em outro mundo. Não tem explicação", resume.

"O machismo existe, mas é muito bom debater de frente e mostrar que nós temos a capacidade de fazer o que os homens fazem. É a terceira empresa onde sou a primeira mulher (motorista) da história da empresa", relata. A motorista almeja fazer viagens mais longas E interestaduais. "Meu sonho é pegar a estrada".

Valdenice Holanda, 49, trabalha como guia de turismo e também é uma apaixonada por ônibus. ela conta que quando era criança, gostava de ir para a frente do ônibus ver o motorista dirigir. "É uma emoção única estar aqui. Só quem ama, sabe", diz. 

Wellington Castro, 40, não trabalha em área relacionada ao veículo. O analista financeiro gosta de desenhar os veículos, dando atenção a cada detalhe de cada marca e modelo dos automóveis. O busólogo, que é de São Paulo, já participou de várias edições do encontro em Fortaleza.

"Meu pai me lembra que, quando era criança, ele voltava do trabalho e eu pedia para dar andar de ônibus. Ele ia dar uma volta comigo de ônibus pelo Centro só porque eu gostava de estar ali dentro", compartilha.

O gerente comercial Ricardo Lessa, 50, se identifica como colecionador. Ele detém coleção com 1.221 miniaturas de ônibus. O acervo foi iniciado há 40 anos, quando ele ainda era adolescente. "Uma vez, visitando a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, quando eu tinha uns 7 anos, tinha uma pessoa que vendia miniaturas de plástico. Ali começou meu interesse", rememora. 

Ricardo tem coleções com todos os veículos de empresas como a Guanabara e de outras que já fecharam. O valor das miniaturas varia de R$400 a R$7 mil. 

"Vou fazendo a linha do tempo das empresas. Eu tenho todos os ônibus que a Guanabara comprou de todas as empresas. Eu mando fazer. Algumas, compro coleções completas. Eu coleciono 1 para 32, que é 32 vezes menor do que o ônibus original", explica. 

Henrique Barreto, administrador e fundador da Fortalbus, diz que a comunidade começou com a troca de cartas com comentários e fotos de ônibus.  "Isso era em 2000, 2003, a internet estava se popularizando ainda. Depois veio o grupo do Orkut, a primeira rede social que uniu todo mundo. A gente começou a se encontrar na rodoviária, nas garagens", lembra.

O grupo foi crescendo e, há 14 anos, participa desse encontro anual. Ele conta que têm contatos com outros grupos de busólogos do Brasil e de outros países da América do Sul.

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