PF intercepta rede de compartilhamento de pornografia infantojuvenil em aplicativos de mensagens
No Ceará, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Itapipoca e AracatiUma operação da Polícia Federal (PF) cumpriu três mandados de Busca e Apreensão nas cidades de Fortaleza, Itapipoca e Aracati, no Ceará. A ação faz parte da Operação Inocência Protegida VII, deflagrada na manhã desta terça-feira, 26, com o objetivo de combater o compartilhamento de material de abuso sexual infantil em aplicativos de mensagens.
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As investigações começaram a partir de denúncias enviadas pelo portal Comunica PF, reportando crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Capturas de telas revelaram que mais de 40 pessoas estavam envolvidas em grupos virtuais nas plataformas WhatsApp e Telegram, realizando a troca de mensagens com o material ilícito.
O delegado da Polícia Federal, Victor Mesquita, reforça a importância das denúncias para a identificação dos suspeitos. "Essa denúncia já veio com uns prints de um grupo investigado e a gente verificou que havia mais de 40 pessoas e, entre essas pessoas do Brasil, havia cearenses. Por isso, a gente deflagrou parte dessa operação aqui", explica.
A partir das informações iniciais, a polícia conseguiu identificar 41 linhas telefônicas envolvidas na disseminação dos conteúdos, sendo três delas ligadas ao estado do Ceará.
Durante as buscas, as equipes apreenderam dispositivos eletrônicos, mídias digitais e outros materiais. Um dos suspeitos tentou se desfazer do celular momentos antes do início das buscas, mas os policiais federais conseguiram localizar o aparelho dentro da descarga do sanitário.
O material recolhido será submetido à perícia, com o objetivo de aprofundar as investigações e identificar possíveis vítimas de exploração sexual. Até agora, ninguém foi preso.
Se confirmado a autoria, os suspeitos poderão responder pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil, previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Somadas, as penas podem alcançar dez anos de reclusão, além da possível apuração de outros delitos mais graves.
A Operação Inocência Protegida VII é 16ª operação no combate aos abusos sexuais infantis em ambientes virtuais realizadas no Estado este ano. Para o delegado, essas ações são importantes para garantir a proteção de crianças e adolecentes, vítimas de crimes contra a dignidade sexual, especialmente no ambiente virtual.
"Outro motivo de grande importância é que cada operação dessa, cada divulgação que a gente faz de um trabalho desses, reforça o nosso compromisso e, ao mesmo tempo, enfraquece qualquer pessoa que pense em fazer isso", acrescenta.