Grupo criminoso acusado de operar fraudes bancárias é alvo de operação da PF

Operação Falsioloquium cumpre dois mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão

Na manhã desta quinta-feira, 14, a Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão no Ceará e nos estados de Pernambuco, Maranhão e São Paulo.

Ofensiva é parte da Operação Falsioloquium, que tem o objetivo de desarticular um grupo criminoso acusado de obter valores indevidos por meio de abertura de contas bancárias com documentos falsos.

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O nome da operação vem latim, que significa “mentira”, uma alusão ao modus operandi do grupo.

De acordo com a PF, os suspeitos utilizavam documentos falsos, com dados e identidades de terceiros, para abrir contas bancárias e obter ganhos indevidos.

Os envolvidos poderão responder por crimes de organização criminosa, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso, estelionato qualificado e lavagem de dinheiro.

Na última operação contra o grupo, a PF informou que conseguiu evitar um prejuízo em torno de R$4 milhões às vítimas. Para a Operação Falsioloquium, a polícia informa que os valores ainda estão sendo levantados.

Segundo a PF, o grupo operava em várias localidades nos estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba. Os criminosos utilizavam documentos falsificados para realizar fraudes em instituições financeiras.

As investigações começaram em junho deste ano, após um suspeito, com uma extensa lista de antecedentes criminais, ser preso em flagrante ao tentar abrir uma conta bancária na Caixa Econômica Federal, no Município de Mauriti, município localizado a cerca de 513 km de Fortaleza, no estado do Ceará.

Em entrevista à rádio O POVO CNB Cariri, o delegado responsável por coordenar a operação, Marcelo Dória, detalhou que, após a prisão do investigado, a polícia aprofundou as investigações e identificou a existência de um grupo criminoso.

"Esses documentos falsos tinham nomes de diversas pessoas, em que eles colocavam, por muitas vezes, a própria foto deles. Ao colocar essa foto, eles utilizavam nomes e dados dessas pessoas e vítimas que, talvez, nem saibam que os nome, as fotos, estão sendo utilizadas aí por esses investigados”, explica.

O delegado destaca que os demais identificados já vinham sendo investigados e que foram alvos de outras operação. Durante as investigações mais recentes, foram observados que os suspeitos praticavam movimentações financeiras na faixa dos milhões de reais.

De acordo com Marcelo Dória, a operação tem como objetivo localizar os dois investigados que se encontram foragidos, para que sejam colocados à disposição da Justiça.

"Agora estão sendo alvos também de mandado de prisão, novamente. Especificamente, agora, nessa ocasião, por atuação no estado do Ceará, mas se identificou que eles também tavam atuando no entorno, nessa região de Pernambuco, Paraíba, próximo a Juazeiro do Norte e região", acrescenta.

Após a abertura das contas, os suspeitos praticavam diversas modalidades de crimes, entre elas o saque de benefícios previdenciários e algumas movimentações bancárias para a lavagem de dinheiro. "Essa abertura de conta bancária era somente um dos aspectos, uma das condutas para que eles pudesse movimentar esses valores e não serem identificados", detalha.

A PF informou que o investigado também teria ligação com uma facção criminosa.

No decorrer das investigações, outros dois suspeitos de integrar o grupo foram identificados. Todos já possuíam passagem pela polícia. 

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Facções criminosas

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