Operação contra fraudes a idosos: homem de 75 anos teve prejuízo de R$ 1,7 milhão

Uma pessoa foi presa no Ceará sob suspeita de envolvimento com o grupo criminoso. Operação foi realizada também em SP e PA. Uma das vítimas, de 75 anos, teve prejuízo de R$ 1,7 milhão

Policiais Civis de Copacabana, no Rio de Janeiro, desarticularam um grupo especializado em fraudes contra idosos que movimentou R$ 6 milhões no ano de 2023. Uma pessoa foi presa no Ceará e mandados de prisão e apreensão foram cumpridos também em São Paulo e Pará nesta quarta-feira, 30. Uma vítima de 75 anos chegou a ter um prejuízo de R$ 1,7 milhão. 

A Polícia Civil do RJ informou que o grupo fez vítimas em vários estados brasileiros, mas tinha preferência por idosos. As investigações apontaram movimentações financeiras que demonstravam atividade de lavagem e ocultação de valores financeiros, como depósitos fracionados e "pulverização fracionada" em dezenas de contas do grupo criminoso.

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Homem de 75 anos fez transações que somam R$ 1,7 milhão

Uma das vítimas, um homem de 75 anos de idade, foi acionado por meio de uma mensagem SMS com um link de desconto para a fatura do cartão de crédito. A vítima acessou o endereço eletrônico oferecido pelo grupo criminoso. A quadrilha realizou quatro transferências bancárias, um prejuízo de R$ 130 mil.

Depois das movimentações financeiras, a vítima ainda recebeu ligações dos criminosos que se passavam pelo gerente bancário e convenceram o idoso que ele seria estornado, mas que precisaria transferir o restante dos valores para a conta bancária dos estelionatários com o objetivo de que eles fossem localizados pela Polícia Federal e presos.

Conforme a Polícia Civil do RJ, o homem acreditou que colaborava com a Polícia Federal e realizou mais cinco transações em um valor total de R$ 1,17 milhão.

As investigações apontaram oito pessoas, que foram indiciadas pela Polícia Civil por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação teve apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva dos acusados, assim como o bloqueio das contas bancárias.

As vítimas são de estados como o Ceará, Bahia, Mato Grosso, Tocantins, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Amapá, Amazonas e Brasília.

De acordo com a Polícia Civil, as diversas contas bancárias usadas para ocultação e lavagem do dinheiro chamou atenção da Polícia.

A investigação mostrou que os valores eram pulverizados e pelo menos 30 outras pessoas estavam envolvidas na associação criminosa. A Polícia Civil do Rio de Janeiro considera a organização uma das maiores do Brasil. Os alvos dos mandados possuíam diversas contas bancárias. "Somente um deles possuía mais de 40 contas abertas", informou a instituição.

A operação do 12º DP segue no intuito de identificar mais pessoas envolvidas no grupo.  A Polícia Civil do Rio de Janeiro não divulgou o nome do alvo preso no Ceará e qual a participação dele no grupo. 

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