Ceará tem redução de 3,75% no número de homicídios em setembro último
Com 231 assassinatos, o mês que passou foi aquele com menos mortes no Estado desde junho de 2023. Acumulado do ano, porém, aponta aumento de 15,11% em relação a 2023O Ceará registrou uma redução de 3,75% no número de homicídios no último mês de setembro na comparação com setembro de 2023. No mês passado, foram registrados 231 assassinatos no Estado, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgados na tarde desta quinta-feira, 3.
Foi o mês com menor número de homicídios no Ceará desde junho de 2023. Em setembro de 2023, a SSPDS havia registrado 240 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs, a soma de homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte).
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Em Fortaleza, o número de homicídio ficou praticamente estável em setembro. Enquanto em setembro de 2023, ocorreram 62 CVLIS, em setembro de 2024, ocorreu uma morte a menos, ou seja, 61.
Nos demais municípios que compõem a Região Metropolitana de Fortaleza, foram registrados 57 homicídios no mês passado. É uma redução de 29,82% em relação a setembro de 2023, quando 74 CVLIs foram registrados.
Já no Interior, 113 assassinatos foram registrados no último mês de setembro, nove crimes a mais que no mesmo período do ano passado. Os dez municípios mais violentos do Estado no mês passado foram: Fortaleza (61), Maracanaú (14), Caucaia (14), Juazeiro do Norte (7), Pacatuba (6), Itapipoca (6), Sobral (5), Crato (5) e Aracati (5).
No acumulado do ano, o Ceará registra um aumento de 15,11% no número de CVLIs na comparação com 2023. De janeiro a setembro deste ano, ocorreram 2.445 assassinatos no Estado, conforme a SSPDS — uma média de 8,95 mortes por dia. No mesmo período de 2023, haviam sido registrados 2.124 homicídios — ou seja, 7,80 assassinatos diários em média.
Em áudio enviado via assessoria de imprensa, o titular da SSPDS, Roberto Sá, afirmou que a redução de 3,75% registrada em setembro se deve ao “intenso” trabalho das forças de segurança, a quem ele agradeceu — assim como também ao governador, que, em suas palavras, esteve o “tempo todo ao nosso lado, nos apoiando e propiciando — através da entrega de recursos materiais, recursos humanos, tecnologia — todo o apoio necessário para esse trabalho”.
Sá, porém, ressaltou que os números não estão sendo comemorados pela pasta, mostrando, pelo contrário, que é preciso “empenhar-se” cada vez mais para reduzir os indicadores da criminalidade.
“Nós começamos fortalecendo muito o policiamento ostensivo, tentando dar mais visibilidade a esse policiamento e utilizando das evidências científicas, da análise criminal, do trabalho da Supesp (Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública) para nos sinalizar em que lugares da Capital, da Região Metropolitana e no Interior do Estado, o crime violento contra a pessoa ou contra o patrimônio mais estavam acontecendo, a que horas, e nós empregamos todo o nosso recurso nessa direção, para fazer a prevenção do delito, que a ideia é evitar que ele ocorra”, afirmou o secretário.
“No entanto, quando ele (o crime) acaba ocorrendo, entra imediatamente a nossa área de inteligência e a área de investigação — a Polícia Civil, a Perícia Forense — o Corpo de Bombeiros, para nós fazermos a busca de um diagnóstico e de investigar e encontrar esses autores para prendê-los e entregá-los para a Justiça e para o Ministério Público”.