Polícia Federal deflagra operação para combater esquema de furto a caixas eletrônicos no Ceará

De acordo com a corporação, estão sendo cumpridos dez mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e 11 de bloqueio de bens nas cidades de Fortaleza, Crateús e Novo Oriente

19:29 | Set. 24, 2024

Por: Luíza Vieira
Pessoa coloca cartão magnético em caixa eletrônico. (Foto: Vasily Smirno/Shutterstock) (foto: Vasily Smirno)

A Polícia Federal (PF) no Ceará deflagrou, nesta terça-feira, 24, a Operação Alçapão Caiman com o objetivo de impedir que uma organização criminosa continuasse furtando valores de caixas eletrônicos. Os mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão e bloqueio de bens foram expedidos pela 22ª Vara Federal da Seção Judiciária de Crateús, município distante 355 km de Fortaleza.

De acordo com a corporação, estão sendo cumpridos dez mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e 11 de bloqueio de bens nas cidades de Fortaleza, Crateús e Novo Oriente.

Para concretizar os crimes, a organização criminosa instalava um dispositivo fraudulento, conhecido entre eles como “Jacaré” para desviar envelopes do módulo depositário dos caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal e outras instituições bancárias.

As investigações foram iniciadas no Estado de Tocantins, estado no qual a Caixa reportou ações de furto qualificado no mesmo modelo criminoso, conhecido como “pescaria de envelopes em caixas eletrônicos”. De acordo com a instituição financeira, em quatro meses do ano de 2022 foram contabilizadas, pelo menos, 42 ocorrências com o mesmo modus operandi contra agências da Caixa sediadas em Goiás, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Paraíba, Bahia e Ceará.

O trabalho desta terça-feira, 24, contou com a colaboração de 50 policiais federais e teve como finalidade cessar as condutas reiteradas e recuperar o prejuízo causado à Caixa Econômica Federal.

Os investigados responderão na medida de suas responsabilidades pelos delitos previstos no art.155, §4º, do Código Penal Brasileiro (CPB), que prevê pena de dois a oito anos de reclusão e multa, e pelo delito de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, cuja pena é de três anos a dez anos de prisão e multa.

Operação Alçapão Caiman

A denominação Operação Alçapão Caiman está associada ao desvio dos envelopes com valores nos terminais eletrônicos, que serve como um fundo falso na forma de “Alçapão” e o termo “Caiman” se refere a um gênero de jacaré da América do Sul, que no jargão criminoso se refere ao dispositivo “jacaré” que pesca os envelopes desviados.