Ceará fica em 2º do Brasil e 1º do NE em identificação de pessoas desaparecidas

Atualmente, a Pefoce encontra-se no sexto lugar do ranking nacional com o maior Banco de Perfis Genéticos

12:44 | Set. 14, 2024

Por: Bárbara Mirele
Prédio e fachada da Perícia Forense (Pefoce) (foto: Samuel Setubal)

O Ceará ficou no pódio do Brasil, alcançando o segundo lugar e o primeiro do Nordeste na categoria Identificação de Pessoas Desaparecidas – Valores Relativos, e em terceiro lugar em Valores Absolutos, na 27ª edição do Congresso Nacional de Criminalística (CNC), realizada em São Luís (MA).

Os vencedores foram justamente os membros da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que foram agraciados com quatro premiações da Rede integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).

O congresso foi realizado entre os dias 10 e 13.

O Estado também ficou em terceiro lugar tanto na categoria Identificação Criminal – Valores Relativos quanto em Valores Absolutos.

O resultado do trabalho do Núcleo de Perícias em DNA Forense (NUPDF), da Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forenses (Calf).

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), durante o Congresso, houve a reunião do Conselho Nacional dos Dirigentes de Polícia Científica (CONDPC).

Na ocasião, o perito-geral da Pefoce, Júlio Torres, recebeu do secretário nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça (MJSP), Mário Luiz Sarrubbo, a padronização de procedimentos operacionais de todas as área da perícia oficial, coordenado pelo MJSP e em parceria com as perícias estaduais, inclusive com a participação de peritos da Pefoce.

 

 

A RIBPG surgiu de uma iniciativa conjunta entre o MJSP e as Secretarias de Segurança Pública Estaduais e tem o objetivo de propiciar o intercâmbio de perfis genéticos de interesse da Justiça, obtidos em laboratórios de perícia oficial.

Dois trabalhos científicos sobre perfis genéticos foram apresentados por peritas da Calf, da Pefoce.

Os títulos são: “Banco de Perfis Genéticos do Estado do Ceará com vestígios de casos de crimes sexuais processados no Centro Multiusuário de Processamento Automatizado de Vestígios Biológicos”, apresentado pela perita legista Vivian Romero Santiago Almeida

Já o segundo trabalho foi a “Influência do tempo de coleta dos casos de crimes sexuais com os achados clínicos e a obtenção do perfil genético do agressor”, apresentado pela perita legista Bruna Stefania Carvalho dos Santos

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Outros cinco trabalhos foram apresentados: “Tratamento de imagens em perícias documentoscópicas: uma abordagem para QR codes de CRLVs-e não reconhecidos pelo aplicativo Vio”, elaborado pelos peritos criminais Ana Paula Teixeira Bastos Sobreira, Celio Rogério Nunes Almeida Filho e Lívia Arruda Castro Praça.

“Utilidade da ferramenta Quantum”, por Gervásio Fontenelle de Castro e Silva; “Leitura Residual do velocímetro versus Peritus”, por Júlio César Rodrigues Rocha; “Perícias em Locais de Crime com auxílio de RPA (Remotely-Piloted Aircraft – Aeronaves Remotamente Pilotadas)”, por Rodrigo Guedes Cavalcanti

Além dos trabalhos “Sinistros em Equipamentos de Engenharia – Parques de Diversão” e “A importância do trabalho pericial na determinação da causa de mortes decorrentes de falhas em sistemas de Airbags”, ambos apresentados pelo perito criminal Fernando Viana.

Ceará está no sexto lugar do ranking nacional

Ainda de acordo com a SSPDS, o Ceará, por meio da Pefoce, encontra-se no sexto lugar do ranking nacional com o maior Banco de Perfis Genéticos, com um alto índice de inserção de perfis genéticos no Banco Nacional.

Os dados, que são de grande relevância, esclarecem crimes complexos, como homicídios, latrocínios e crimes sexuais, contribuindo com o fortalecimento da Segurança Pública para a população cearense.

O Congresso aconteceu simultaneamente ao X Congresso Internacional de Pericial Criminal e à XXVII Exposição de Tecnologias Aplicadas à Criminalística.

O CNC é o evento mais tradicional da perícia criminal e das ciências forenses da América Latina.