Governo inaugura primeira escola profissionalizante para pessoas privadas de liberdade no Ceará

O equipamento, cujo investimento foi de R$ 2,6 milhões, conta com três salas de aula, um laboratório de informática, dois de química, um refeitório, setor administrativo e uma sala multiuso

A Unidade Prisional de Ensino, Capacitação e Trabalho de Itaitinga (UPETC) recebeu nesta terça-feira, 10, a primeira Escola Estadual de Educação Profissional para Pessoas Privadas de Liberdade (EEEPPL). A iniciativa resulta de uma parceria entre a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) e a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc).

A escola ofertará o ensino profissionalizante no segmento integrado (curso técnico realizado simultaneamente com o Ensino Médio, compondo uma única formação), concomitante, no qual o estudante faz o curso técnico ao mesmo tempo que o Ensino Médio, mas em unidades de ensino distintas; e subsequente, destinado a quem já concluiu o Ensino Médio e possui certificado de conclusão, sendo voltado exclusivamente para a formação técnica.

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A capacidade máxima da escola é de, no máximo, oito turmas, sendo uma do ensino integrado, quatro do concomitante e três do subsequente, atendendo até 280 estudantes. De acordo com a Seduc, cada turma será composta por 35 alunos, e serão distribuídas nos turnos manhã, tarde e noite. 

O equipamento, cujo investimento foi de R$ 2,6 milhões, conta com três salas de aula, um laboratório de informática, dois de química, um refeitório, setor administrativo e uma sala multiuso.

 

“Tudo isso aqui foi feito pelos alunos do Senai do Sistema Prisional. Essa é uma escola que foi construída ensinando, é fundamental. Agora transformamos um projeto de governo em um projeto de Estado, é mais um avanço para o Ceará”, explicou o titular da SAP, Mauro Albuquerque.

A fala do secretário faz referência à estrutura do equipamento, que foi construída por internos que concluíram a capacitação em cursos de diferentes áreas da construção civil por meio do projeto “Sou Capaz” e financiado pelo Fundo de Combate à Pobreza (Fecop).

Os trabalhos foram iniciados em 2022 e, durante os dois anos de serviço, cerca de 2.360 internos participaram das obras. Eles foram organizados em 131 turmas, resultando em 20.880 horas de formação.

Os reclusos atuaram em diversos segmentos da obra, como pedreiro de alvenaria, eletricista, gesseiro, pintor de obras imobiliárias, bombeiro hidráulico, aplicador de revestimento cerâmico e serralheiro de metais ferrosos.

A secretária de Educação, Eliana Estrela, pontuou que os cursos inicialmente ofertados pelo equipamento serão de multimídia e informática e que, o ano letivo de 2025 será iniciado com três turmas, sendo uma em cada turno.

“Inicialmente serão ofertados os cursos de multimídia e informática para dar essa oportunidade de uma melhor profissionalização e que o mercado tanto precisa e procura”, acrescenta Estrela.

O superintendente do Senai, Paulo André Holanda, explica que a parceria entre o órgão e as pastas do Governo do Estado já resultou na formação de 30 mil internos do Sistema Prisional do Ceará e que a escola foi edificada “a quatro mãos”: internos, penais, governo e instituições.

“É a primeira escola deste segmento no País e com certeza vai servir de exemplo para outros estados do Brasil. A educação profissionalizante é uma das saídas mais importante para os problemas que nós enfrentamos da falta de educação e principalmente da Segurança Pública”, compartilhou.

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