Ceará tem mais de 2 mil pessoas vivendo em asilos, diz IBGE

Do total, maioria é formada pela população com mais de 60 anos de idade. São 1.787 idosos, o que representa 9,19% do público total de moradores de domicílios coletivos no Estado

No Ceará, mais de 2 mil pessoas vivem em asilos ou em outras Instituições de Longa Permanência (ILPs) para idosos, de acordo com os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 6.

Das 19 mil pessoas residentes em domicílios coletivos no Estado, 2.091 pessoas habitam esse tipo de moradia, representando 10,75% do público.

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Os espaços são formados, em sua maioria, por pessoas acima de 60 anos de idade. São 1.787 moradores idosos, representando 9,19% do público total.

As mulheres compõem a maioria dos residentes idosos em asilos, são 1.149 de moradoras (5,91%). Ao todo, são 638 residentes (3,28%) homens acima dessa faixa etária.

Os dados do Censo ainda mostram que 319 pessoas, de zero a 59 anos de idade, moram em asilos ou em outras ILPs distribuídas pelo Estado.

A população idosa com mais de 80 anos lidera o maior número de residentes nesses tipos de domicílio no Ceará. São 889 pessoas, sendo 666 mulheres e 223 homens nessa faixa etária.

Os asilos concentram o segundo maior número de pessoas em domicílios coletivos no Ceará após as penitenciárias ou centros de detenção. Apenas nesse tipo de domicílio, as mulheres eram a maioria, com 6,77%.

De acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o Ceará possui 60 ILPs distribuídas em 21 municípios. A maior concentração das instituições está em Fortaleza, que concentra 20 equipamentos, sendo 11 particulares e nove filantrópicas, ou seja, que possuem convênio com o setor público.

As demais são distribuídas nos municípios de Acopiara, Apuiarés, Beberibe, Canindé, Crato, Caucaia, Crateús, Eusébio, Groaíras, Guaraciaba do Norte, Horizonte, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Maranguape, Marco, Milagres, Quixeramobim, Russas e Sobral.

Em 2022, 837 mil pessoas residiam em domicílios coletivos no País, ou 0,4% da população total. É a primeira vez que o IBGE divulga dados dessa natureza no âmbito do Censo, traçando um perfil de idade, sexo e alfabetização dos moradores destes tipos de domicílios.

Os pesquisadores ressaltam que, nesses locais, a taxa de analfabetismo é bastante elevada. Considerando apenas os idosos, de 60 anos ou mais, o índice é de 30,5%, enquanto no País a taxa foi de 17,2%.

Confira a distribuição por faixa etária nos asilos no Ceará

 

Atualizada às 13h58min

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