CE: Mais de 200 pessoas tiveram dados utilizados em golpe na Caixa Econômica

Cerca de R$ 300 mil teriam sido desviados de uma agência bancária na Região Metropolitana de Fortaleza, entre maio e junho deste ano; transações utilizavam informações de clientes de todo o Ceará, incluindo pessoas mortas

09:36 | Ago. 29, 2024

Por: Kleber Carvalho
Foto de apoio ilustrativo: desvios eram feitos por terceiros fora do horário de expediente da funcionária (foto: Divulgação/Polícia Federal)

Dados de mais de 200 pessoas foram utilizados para o desvio de aproximadamente R$ 300 mil em uma agência da Caixa Econômica Federal, situada na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A informação foi divulgada pela Polícia Federal (PF) no Estado, nesta quinta-feira, 29, após o cumprimento de três mandados de busca e apreensão contra suspeitos de saques indevidos no banco.

Os dados utilizados pelo grupo criminoso pertencem a clientes de agências espalhadas por todo o Ceará, até de pessoas mortas. Este teria sido o ponto chave para o início da investigação, deflagrada após a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (Cefra), identificar que os suspeitos tentaram sacar dinheiro de uma pessoa já falecida.

Os mandados de prisão foram cumpridos nesta manhã em endereços no município de Itapipoca, distante 136 quilômetros (km), da Capital. Durante a última sexta-feira, 23, outras sete ordens judiciais foram cumpridas contra suspeitos do crime.

De acordo com a PF, um prestador de serviços da agência utilizava os dados de um funcionário do banco para desviar os valores fora do horário de expediente do titular. O colaborador que teve as credenciais utilizadas foi afastado de suas funções públicas por determinação judicial até o fim da investigação.

Os primeiros indícios apontam que a prestadora de serviços e outros funcionários recebiam os valores desviados das contas de clientes, o que levanta a hipótese de que as fraudes tenham sido planejadas por uma organização criminosa.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa , peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações. Somadas, as penas para estes crimes podem chegar a 25 anos de prisão.