Ceará soma 171 casos de febre oroupuche

Registros se concentram na região do Maciço de Baturité. Foram 28 novos casos confirmados na última semana, segundo boletim da Secretaria da Saúde do Estado

22:04 | Ago. 23, 2024

Por: Ana Rute Ramires
Maruim, como é conhecido o mosquito Culicoides paraensis, é o vetor da febre oropouche (foto: Coleção de Ceratopogonidae do IOC/Fiocruz)

Chega a 171 o número de casos confirmados de febre oroupuche no Ceará. Todos distribuídos em sete municípios da região do Maciço do Baturité. Quatro casos são de gestantes. Atualização é de boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, 23, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Na semana anterior, eram 143 confirmações da infecções. Ou seja, foram 28 novos casos.

Não há confirmação de óbito pela doença no Estado. Mas um caso de óbito de um feto de 34 semanas em decorrência da patologia está sendo investigado. Houve transmissão vertical, que ocorre quando a mãe transmite para o bebê durante a gravidez ou parto. 

A maior quantidade de pacientes confirmados com a doença reside em Aratuba: 40. Os outros municípios com casos da doença são Capistrano (38),  Pacoti (31), Mulungu (27), Redenção (21), Baturité (11) e Palmácia (3). 

O primeiro caso da doença no estado foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)
em 21 de junho por meio da investigação laboratorial realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-CE). 

 

Mais da metade dos casos confirmados em residentes no Estado — 55,9% (80 casos) — são do sexo masculino. Existem registros de confirmações em quase todas as idades, mas casos se destacam nas idades acima de 20 anos.

Considerando os casos no Ceará, os sintomas mais prevalentes foram febre (166), cefaleia (147) e mialgia (145). Estes são os sintomas clássicos da febre oropouche. Não houve registro de agravamento do quadro clínico dos casos em municípios cearenses. A maioria dos pacientes apresentou sintomas leves.

Conforme o boletim, a doença seguiu a definição padrão de um caso suspeito de dengue. Por isso, a importância da realização do teste molecular (RT-qPCR) para que o diagnóstico seja realizado na fase febril (até o 5º dia do início dos sintomas).

O boletim da Sesa destaca que, até o momento, a maioria dos casos investigados apresentam local provável de infecção em zona rural.