Sobe para 143 o número de casos de febre oropouche no Ceará
Registros estão distribuídos em sete municípios da região do Maciço do Baturité; não há óbito relacionado à doença
22:49 | Ago. 16, 2024
O Ceará registra 143 casos confirmados de febre oropouche, de acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira, 16, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Registros estão distribuídos em sete municípios da região do Maciço do Baturité. Não há óbito relacionado à doença.
No último boletim divulgado pela pasta estadual, na última sexta-feira, 9, a quantidade de infecções no Ceará estava em 122, o que significa que houve um aumento de 21 casos.
Das cidades com casos confirmados, Aratuba aparece com o maior número de pacientes (35). Em seguida vem Pacoti (30), Mulungu (26), Capistrano (23), Redenção (21), Baturité (5) e Palmácia (3).
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De acordo com a Sesa, "todos os pacientes relataram sinais e sintomas clássicos" da patologia, que são síndrome febril, quase sempre acompanhada por dores musculares e dor de cabeça.
"Não houve registro de agravamento do quadro clínico na maioria dos casos. No geral, os sintomas foram leves. A doença seguiu a definição padrão de um caso suspeito de dengue", destaca pasta em boletim.
Entre os casos confirmados no Ceará, três foram em gestantes. Das 143 confirmações, 55,9% (80/143) são do sexo masculino e todos os casos investigados apresentam local provável de infecção em zona rural.
Região serrana facilita a reprodução do mosquito transmissor, o Culicoides paraensis, conhecido popularmente por maruim. Isso porque o inseto prefere locais com maior umidade do ar, entre outros.
A Secretaria de Saúde do Estado investiga, por meio de análises laboratoriais, de dados epidemiológicos e clínicos, um caso de transmissão vertical (passada da mãe para o bebê durante a gravidez ou parto), onde houve óbito fetal.
Febre oropouche no Brasil
No Brasil, até essa quinta-feira, 15, o Ministério da Saúde (MS) já havia identificado 7.653 casos da doença no País. Em 2023 foram identificados 831 casos ao longo do ano.
Patologia até então era registrada apenas na região Norte. De acordo com Governo Federal, o aumento pode ser explicado em razão da ampliação da testagem para todo o País.
Além disso, muitos dos casos possuem sintomas parecidos com arboviroses como dengue, zika e chikungunya, o que pode ter dificultado a identificação da doença. No geral, até essa quinta-feira, 15, o Brasil tinha três mortes por febre oropouche registradas, incluindo um óbito fetal.