Chefe de grupo criminoso do Ceará preso em Pernambuco estava foragido há 5 anos

Suspeito saiu do Estado em 2019, quando foi expedido mandado de prisão em seu desfavor. O alvo teria coordenado ações de tráfico de drogas e homicídios a distância

14:13 | Ago. 05, 2024

Por: Kleber Carvalho
Material apreendido com suspeito de comandar facção criminosa no Ceará (foto: Divulgação/PCCE)

Um homem de 34 anos, apontado como chefe de uma organização criminosa cearense, foi preso durante a última quarta-feira, 31, no município de Petrolina, interior de Pernambuco. O alvo era procurado desde 2019 e tinha três mandados de prisão em aberto na Justiça.

As informações foram divulgadas pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) em coletiva de imprensa no Centro Integrado de Segurança (Cisp), em Fortaleza.

Há cinco anos fugitivo, ele já havia sido localizado outras duas vezes: uma em Mossoró, cidade no Rio Grande do Norte, outra em Maceió, capital de Alagoas. Ele foi capturado três dias depois de chegar a Petrolina, onde pretendia passar seis meses e depois sair País.

A prisão foi realizada por meio de parceria entre as Delegacias de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Dracos) do Ceará e de Pernambuco. O nome dele não foi divulgado. 

Segundo informações da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), ele costumava alugar casas pelas cidades onde passava e trocava de endereço sempre que era localizado pelas forças de segurança.

A Polícia informou que ele trocava informações com Romário artilheiro, membro da facção Guardiões do Estado (GDE), preso em janeiro deste ano.

Ainda de acordo com a PC-CE, o alvo, mesmo fora do Estado, comandava ações da facção em municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Vale do Jaguaribe e Litoral Leste.

O preso chegou a receber apoio da facção durante a estadia em Mossoró devido à proximidade com os municípios de Aracati e Icapuí, que ficam a cerca de uma hora da cidade potiguar e fazem parte da área de atuação do grupo criminoso.

Durante a abordagem em terras potiguares, o investigado também apresentou documentos falsos, delito que foi acrescentado à sua ficha de antecedentes. Antes, ele já respondia a dois mandados de prisão pelo crime de integrar organização criminosa e outro por um latrocínio (roubo seguido de morte) em Aracati.