Polícia terá novo sistema de metas até o fim deste ano no Ceará

Secretário de Segurança Pública do Estado, Roberto Sá afirmou durante participação no programa Debates do Povo, da rádio O POVO CBN, que a proposta é estabelecer metas para redução de indicadores criminais

O Ceará terá um novo sistema de metas implementado na atuação das forças policiais, com foco na redução dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). Nos meses de abril e maio, a média foi de dez homicídios por dia no território cearense. A metodologia para definição de porcentagens e ações para as metas ainda está sendo estudada, com previsão de conclusão até o fim deste ano. O modelo já esteve ativo no Estado em 2014. 

Durante participação no programa Debates do Povo, da rádio O POVO CBN, o titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Sá, explicou que a proposta é, a partir das Áreas Integradas de Seguranças (AIS) nas quais o Estado é dividido, estabelecer metas para redução de indicadores criminais para um determinado período naquela região. Em junho, de acordo com dados da SSPDS, houve uma desaceleração da média de homicídios no Estado, ficando em 8,63 por dia. 

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"A área de um Batalhão X, por exemplo... as delegacias daquela área terão de perseguir para alcançar a meta. Precisa ser uma meta desafiadora, mas não pode ser impossível", afirmou. Polícia Militar e Polícia Civil terão, essencialmente, metas para redução da criminalidade. 

Para definir porcentagens e números a serem alcançados, segundo o secretário, já há um trabalho de inteligência sobre os dados criminais cearenses, com o protagonismo da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), responsável por monitorar as informações sobre a criminalidade. "Objetivo é premiar quem alcança essas metas, que podem ser finalistas, de resultado, como a redução de crimes. Outras são metas de processo, ou meta do meio, onde os indicadores seriam produtividade, como fazer mais laudos e vistorias, voltados para a Perícia Forense e os Bombeiros". 

O sistema de metas, ainda de acordo com o secretário, vai atualizar e aperfeiçoar a tecnologia das AIS. "Cada região vai ter sua meta, policiais civis e militares vão se encontrar, podendo convidar atores locais", ressaltou. 

O secretário falou ainda que, entre as iniciativas previstas para a pasta está a possível implementação da tecnologia de reconhecimento facial, destacando sua execução no estado da Bahia e o projeto piloto executado no Rio de Janeiro. Roberto Sá já foi titular da Segurança do estado fluminense. "Vamos avaliar a tecnologia, quanto é o custo para ver se conseguimos usar". 

Facções Criminosas

Roberto Sá reconheceu que a taxa de criminalidade cearense é alta e atribuiu grande parte dos homicídios registrados como fruto da disputa entre facções, ressaltando ainda as mortes ocasionadas quando faccionados "rasgam a camisa" e trocam de lado entre as organizações criminosas.

Ainda de acordo com o secretário, apenas no primeiro semestre de 2024, cerca de 15 mil pessoas foram presas no Ceará. "Quem tira a vida de alguém tem de ficar segregado", frisa. Um dos focos das ações ostensivas da Polícia, conforme o gestor, é prender autores de homicídios que, mesmo já condenados, seguem em liberdade.

ERRAMOS: diferente do publicado anteriormente, a média de dez assassinatos no Ceará foi registrada nos meses de abril e maio

Atualização às 19h26 de 01/08/2024

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