Software que analisa a qualidade de rodovias é registrado por TCE, UFC e Funcap
No momento, o aplicativo só está disponível para servidores do TCE. A estimativa é que o serviço seja liberado para o público em seis mesesUm aplicativo, chamado de Medidor de Irregularidades e Defeitos em Rodovias (MIDR), que tem a capacidade de analisar a qualidade do asfalto das estradas do Ceará foi registrado nesta sexta-feira, 28, pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE), pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).
De acordo com Raimundo Nogueira da Costa Filho, presidente Funcap, o MIDR, como o próprio nome indica, pretende mapear todas as falhas asfálticas das estradas do Ceará. "É um software que fotografa essas falhas [e as] categoriza: buracos, rachaduras, etc. Um programa de inteligência artificial recebe a foto, a categoriza e cria um banco de dados sobre isso".
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O assessor do Gabinete da Presidência do TCE, Raimir Filho, detalha que basta instalar o aplicativo e colocar o celular no vidro dianteiro do veículo para captar as imagens. "[O software] faz upload desse vídeo para uma nuvem e um algoritmo faz a análise".
"A gente pode vislumbrar que, no futuro, todas as estradas do Ceará vão estar mapeadas e o TCE vai ter uma ferramenta para analisar as piores estradas do Ceará. Também é uma ferramenta para saber para onde direcionar as fiscalizações", continua.
O aplicativo também mede a efetividade das políticas públicas relacionadas às rodovias. "Com o software a gente pode dizer que tal rodovia está sendo muito fragmentada, então, é necessário que os órgãos públicos façam uma maior fiscalização nas empresas que foram contratadas para trabalhar naquela região", destaca Raimundo.
"Outra [possibilidade] é ver a qualidade daquilo que foi feito. Então, agora, o TCE vai poder cobrar e informar o estado sobre [a qualidade] das obras", continua.
No momento, o aplicativo só está disponível para servidores do TCE. A estimativa é que o serviço seja liberado para o público em seis meses. “Em primeiro momento, está funcionando de forma controlada. Estamos refinando e criando toda a infraestrutura do produto”, explica Raimir.
A ideia é licenciar o software para outras empresas
Agora que o software foi patenteado, a ideia é licenciar o serviço para outras empresas e usar a renda para financiar outros projetos de pesquisa, conforme Raimir. “Futuramente, [a receita] pode retroalimentar outras inovações que estão acontecendo dentro do TCE. É o que nós chamamos de ciclo virtuoso”.
“Além do Midr, nós temos outras duas ferramentas que também serão registradas. É um ambiente bastante propício para inovar e gerar novas tecnologias”, completa.