Suspeitos de aplicar golpes na Europa e lavar dinheiro no Ceará são alvos da PF

Criminosos atuavam na Espanha e em Portugal com o objetivo de lavar dinheiro no Ceará e em São Paulo. Os montantes dos golpes chegam a mais de oito milhões de euros

Uma operação nomeada de "Eurogolpes" foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 27, pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de interroper ação de grupos criminosos com atuação internacional. Os alvos são suspeitos de cometer fraudes bancárias em países da Europa, como Portugal e Espanha, e lavar o dinheiro no Brasil. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão são cumpridos no Ceará e nos estados de Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e São Paulo. 

Além dos mandados, foi solicitado o bloqueio de contas em desfavor dos 20 investigados de evolvimento no golpe internacional, passaportes foram apreendidos e eles foram proibidos de deixar o Brasil.

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A transferência de fundos ilícitos foi informada à Polícia Federal por representantes de Portugal e Espenha na Agênica da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol). O dinheiro provienente de fraudes internacionais estava sendo lavado em bens de alto valor, como imóveis e veículos de luxo.

A Polícia portuguesa já tinha realizado uma operação para desarticular essa atuação criminosa. A ação ostensiva teve como resultado a prisão preventiva de 26 investigados, e entre os capturados a maioria era brasileira. Também foram realizadas buscas domiciliares. O prejuízo desses golpes é estimado em cerca de 7 milhões de euros.

Já na Espanha o crime consistia na ativação de quantias expressivas de um cartão de presente que poderia ser convertido em Bitcoins. O resultado do prejuízo financeiro ficou estimado em 1.190.000 euros. Todo o esquema criminoso foi repassado pela Polícia Nacional da Espanha.

As investigações apontam que até o momento o grupo criminoso que atuava na Espanha está ligado a uma organização criminosa com atuação em Portugal. O dinheiro estaria sendo lavado principalmente no Ceará e em São Paulo.

Os criminosos podem responder por crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional. Outros crimes podem ser identificados ao longo das diligências policiais. Caso sejam condenados, os suspeitos podem pegar mais de 20 anos de prisão.

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