Operação Escudo Virtual: como agia grupo que aplicou golpes virtuais em 10 vítimas no Ceará
Vítimas chegaram a pagar de R$ 7 a 10 mil para os criminosos. Dados bancários também foram roubados e utilizados para realização de empréstimos sem autorização dos clientesO líder de um grupo criminoso que operava por meio de golpes virtuais foi preso nesta quarta-feira, 26, em Fortaleza. Outros dois participantes da organização foram capturados em São Paulo e no Mato Grosso. O grupo é suspeito de fazer dez vítimas nas cidades de Jucás e Cariús, no interior do Ceará, por meio de perfis falsos para venda de veículos.
Conforme o titular da Delegacia Municipal de Jucás, Solano Feitosa, os suspeitos se apresentavam como vendedores de lojas renomadas de automóveis e motocicletas. Eles ofereciam os veículos por meio das redes sociais a preços abaixo da média do mercado.
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As vítimas procuraram a delegacia para registrar boletins de ocorrência após transferirem quantias de R$ 7 a 10 mil aos suspeitos e não receberem os produtos que compraram. “As vítimas davam a entrada, mas quando iam atrás já tinham sido bloqueadas nas redes sociais. Ligavam para as empresas e elas informavam que não vendiam veículos desse modo”, explica Solano.
Além das transferências, algumas das pessoas enganadas ainda tiveram os dados bancários roubados pelos criminosos. O grupo enviava links falsos para que os clientes cadastrassem cartões e contas bancárias. As informações foram utilizadas para realizar empréstimos sem autorização das vítimas.
“É importante que as pessoas evitem esse tipo de negociação, porque na sua quase totalidade são golpes. As pessoas utilizam perfis falsos nas redes sociais para ofertar um produto ou serviço, tratando-se na maioria das vezes de ofertas tentadoras, em que a pessoa acha que vai fazer um bom negócio e, na realidade, vai tomar um prejuízo por tratar-se de um golpe”, atenta o delegado.
Grupo atuava espalhado em pelo menos quatro estados
A operação Escudo Virtual cumpriu ainda 26 mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba, Tauá e Capistrano, no Ceará. Também foram alvos suspeitos residentes em São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.
Os mandados tem como objetivo apreender eletrônicos e documentos para garantir mais elementos para as investigações. O grupo era ligado a uma organização criminosa de São Paulo e é investigado por estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.