Ceará tem primeiro paciente confirmado com febre oropouche; entenda doença
O caso ocorreu em maio e o paciente já está curado. Sintomas da doença são parecidos com dengue e chikungunya. Febre oropouche também é transmitida por mosquitosPela primeira vez, um paciente foi confirmado com febre oropouche no Ceará. Caso ocorreu em maio, mas foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), na última sexta-feira, 21. O paciente está curado.
A transmissão da febre oropouche é feita principalmente por mosquitos. Os sintomas são parecidos com dengue e chikungunya.
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Conforme a secretaria, o paciente de 53 anos, residente do município de Pacoti, foi atendido com suspeita clínica de dengue e chikungunya.
Durante investigação laboratorial, foram descartadas dengue, zika e chikungunya. Isso após exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-CE).
De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto (Tanta), a vigilância epidemiológica estadual está apurando o caso para identificar a origem da transmissão.
"Esse momento é de investigação do caso, uma verificação retrospectiva em que a gente tenta avaliar se de fato foi um caso isolado, realmente de ciclo silvestre, ou se ocorreu uma transmissão, um pequeno surto na localidade", explica.
Saiba mais sobre a febre oropouche
A transmissão da febre oropouche é feita principalmente por mosquitos, conforme o Ministério da Saúde. Depois de picar uma pessoa, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
O diagnóstico da doença é clínico, epidemiológico e laboratorial.
Sintomas:
- Dor de cabeça
- Dor muscular
- Dor nas articulações
- Náusea
- Diarreia
Como se prevenir:
– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
– Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
– Se houver casos confirmados na sua região, seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.
A orientação da Sesa em caso de sintomas suspeitos é procurar o posto de saúde mais próximo ou uma Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA 24h) imediatamente e informar sobre sua exposição potencial à doença.
Segundo o MS, não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Vetores da doença
O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor no ciclo selvagem.
No ciclo urbano, ele também é o principal vetor. No entanto, há ainda o mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, que pode ocasionalmente transmitir o vírus da febre oropouche.
Histórico da febre oropouche no Brasil
A febre oropouche registrou mais de 6,6 mil casos no Brasil neste ano, a maioria em estados da região Norte, concentrados no Amazonas e em Rondônia.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado pela primeira vez em 1960. Identificação foi feita a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica.
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