Moradores de Fortaleza e Caucaia relatam transtornos após chuvas nesta segunda
Fortes chuvas que ocorreram durante a madrugada resultaram no transbordamento de rios e canais; água invadiu casas e lojas, danificando móveis, eletrodomésticos e produtos comerciaisApós precipitações acima dos 100 milímetros (mm) em Fortaleza e superiores aos 75 mm em Caucaia, na madrugada desta segunda-feira, 13, alguns canais e rios das localidades transbordaram. A água invadiu avenidas, casas e estabelecimentos comerciais de alguns bairros como Conjunto Ceará, Cristo Redentor e Montese, na Capital, e Tabapuá, no município da Região Metropolitana.
Segundo relatos de populares, as chuvas se iniciaram por volta das 2 horas e, cerca de uma hora depois, já haviam inundado ruas e avenidas. Passadas duas horas, a água adentrava algumas residências e estabelecimentos comerciais da região.
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Uma das prejudicadas foi Diones Silva, moradora do bairro São Miguel, em Caucaia. A analista educacional é uma das que destaca a velocidade da água.
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“Aqui já teve várias enchentes, mas desta vez foi muito rápido. Até 1 hora, eu estava acordada e estava chovendo como de costume, que são as chuvas que sempre existem. De repente, foi só eu fechar os olhos, antes das 2 horas, já foi minha mãe acordando que a água estava no banheiro e na cozinha. Quando eu coloco meus pés no chão, já foi dentro d’água”, recorda.
Segundo Dione, a geladeira da casa onde ela mora com a mãe bem como alguns mantimentos, o guarda-roupas e o hack da sala foram prejudicados pela água das chuvas.
Os danos também foram sentidos por quem mora nos bairros de Fortaleza próximo ao limite com Caucaia. Leandro Marques, residente do bairro Conjunto Ceará, também foi um dos afetados.
“Eu estou anestesiado. Posso dizer que eu não sei o que fazer porque eu perdi tudo. Não perdi tudo porque estou com vida, mas de material a gente perdeu tudo”, conta. Ele diz que teve danificados um freezer, duas geladeiras, um guarda-roupa, uma televisão e o carro.
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Além dos prejuízos materiais, outro ponto temido pela população é a contaminação por doenças. Angélica Ayres, moradora do bairro Parque das Nações, em Caucaia, conta que o bairro já ficou alagado em outras oportunidades, mas nunca da forma como aconteceu nesta segunda, 13.
A doméstica só não teve a casa invadida pela água por morar no andar de cima de uma edificação, mas ainda sim sofreu com a inundação, porque conta que ficou ilhada até a manhã desta segunda.
“Já teve casos de gente adoecer porque é uma água que vem misturada com cocô de cachorro, de gato, esgoto… Tudo isso de ruim. A gente coloca a perna na água e sente logo uma coceira, fica com uma frieira porque entra em contato com isso tudo”, pontua.
Em nota, a Defesa Civil de Fortaleza afirmou que atendeu 40 ocorrências durante a madrugada desta segunda-feira, a maioria por alagamentos e inundações. Pelo menos 20 bairros da Capital foram afetados pelas chuvas ocorridas entre esta manhã e a noite do último domingo, 12.
Questionada pelo O POVO se alguma escola ou creche teve o funcionamento prejudicado pelas chuvas, a Secretaria Municipal da Educação (SME) afirmou não ter sido acionada por nenhuma unidade até às 10h30min desta segunda, 13.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que o funcionamento das unidades de saúde municipais estão acontecendo normalmente nesta segunda-feira, 13.
Também por nota, Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Caucaia (Compdec), informou que esteve nos bairros São Miguel e Parque das Nações para dar assistências às famílias. A pasta também afirma que uma limpeza preventiva nas margens do Rio Maranguapinho foi realizada por agentes da Secretaria de Patrimônio e Transporte (SPT). O órgão ainda pontua que não houve necessidade de realizar abrigos temporários na Cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde do município, por sua vez, confirmou que duas das 46 Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) foram afetadas pelos alagamentos, mas seguiram funcionando normalmente. A pasta ainda acentua que ampliou a quantidade de materiais e funcionários à disposição nos postos de saúde próximos aos pontos de alagamento para suporte a eventuais vítimas.
O POVO por fim procurou a Secretaria Municipal da Educação de Caucaia, para informações sobre o funcionamento das escolas e creches na cidade, mas ainda não obteve retorno.
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