MPCE investiga fraudes em licitações para fornecer comida a órgãos públicos
Operação "Cibus" cumpriu 11 mandados de busca e apreensão. Empresas forneciam insumos inferiores aos que foram contratados e alimentos estragadosOperação deflagrada nesta quinta-feira, 21, pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), investiga suposto desvio e lavagem de dinheiro por parte de empresas responsáveis pelo fornecimento de alimentos a escolas, hospitais e presídios do Estado.
Durante a manhã, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos empresários e sedes das empresas. Operação foi batizada de "Cibus" e apura se houve fraude nos processos licitatórios.
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A investigação começou em meados do ano de 2019. Conforme o MPCE, duas empresas de um mesmo grupo familiar, contratadas por meio de licitações pelo Governo do Estado e por prefeituras do Ceará, forneciam insumos inferiores aos que foram contratados e alimentos estragados, como pães mofados e frutas com larvas.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã desta quinta, 21, na sede do MPCE em Fortaleza.
Conforme o MPCE, havia uma alternância sucessiva das duas empresas em licitações de gêneros alimentícios.
De 2010 a 2020, as empresas firmaram mais de 100 contratos com o Estado, superando R$ 1 bilhão. A suspeita da operação é que parte destes valores passaram a ser desviados a partir de 2018.
Não há indícios do envolvimento de agentes públicos responsáveis pelas pastas governamentais contratantes até o momento.
Com informações da repórter Alexia Vieira