Docentes de universidades federais no Ceará aprovam indicativo de greve em assembleia

A consulta aos docentes aconteceu nos jardins da Reitoria e deliberou um plebiscito que deve ouvir um número maior de professores, em abril

22:26 | Mar. 20, 2024

Por: Wilnan Custódio
Docentes da UFC reunidos na reitoria nos jardins da Reitoria da Universidade (foto: Nah Jereissati/ ADUFC)

Os docentes da Universidade Federal do Ceará (UFC) aprovaram, nesta quarta-feira, 20, em assembleia no campus da Reitoria da instituição, indicativo de greve da categoria. Um plebiscito consultivo aos professores será realizado em abril para que seja decidido sobre a efetivação de greve. A iniciativa acontece após a greve dos técnicos administrativos das instituições federais do Estado, iniciada na última sexta-feira, 15.

Além de docentes da UFC, a assembleia contou com professores da Universidade Federal da Cariri (UFCA) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), apenas instituições federais, com exceção do Instituito Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). 

O objetivo da mobilização é a reposição salarial dos professores. Irenísia Oliveira, docente do Departamento de Literatura da UFC e presidenta do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc), disse que a categoria está reivindicando “a recomposição da inflação de perdas salariais desde 2010”.

Conforme ela, durante os governos Temer e Bolsonaro, não houve negociação sobre reajustes. "Nós tivemos alguns reajustes que foram negociados ainda no governo Dilma e era pra repor perdas inflacionárias anteriores”, contou. Irenísia acrescentou que a primeira reivindicação dos docentes foi um reajuste de 39,92%, reposição salarial considerando perdas desde 2010, e parcelado em três vezes.

Conforme ela, o Governo Federal não aceitou a proposta, então o Sindicato fez uma nova proposta, de 21,72%, também dividida em três parcelas em três anos. Essa última também foi recusada, segundo a presidente da Adufc.