Homem apontado como fundador de facção cearense é condenado a 22 anos
Ednal Braz da Silva, o Siciliano, foi um dos oito sentenciados pela Justiça no último dia 23Ednal Braz da Silva, o Siciliano, apontado como um dos fundadores da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE), foi condenado a 22 anos e 22 dias de prisão pela Justiça Cearense no último dia 23 de janeiro. Ao lado dele, também foram sentenciadas outras sete pessoas, conforme publicado no Diário de Justiça do Estado (DJCE) na última sexta-feira, 2.
Esse processo diz respeito a um desmembramento da operação Reino de Aragão, deflagrada no final de 2019 pela Polícia Federal por ocasião da série de ataques a equipamentos públicos e privados promovida pela GDE em setembro de 2019.
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Na operação, a PF encontrou no celular de Ednal mensagens em grupos da facção que, além de combinar os ataques, também diziam respeito a inúmeros crimes, como tráfico de drogas e armas, ameaças a agentes públicos (incluindo, ao então governador Camilo Santana e ao secretário Mauro Albuquerque) e preparativos a outros ataques, como um que tinha como alvo a Arena Castelão.
Entre as mensagens que serviram para condenar Ednal estão “salves” que ele teria revisado e editado — os salves são mensagens em nome da facção com ordens e instruções que seus seguidores devem cumprir.
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“Ela (integrante do Comando Vermelho) disse que só vai na missão dos galinhas pretas (ASSASSINATOS DE AGENTES PENITENCIÁRIOS — NOTA DO ANALISTA), foi bem incisiva quando disso isso”, teria sido uma das mensagens que Ednal enviou nos grupos.
Além de Siciliano, foram condenados: Antônia Valdirene de Lima Soares, conhecida como Irmão Raposa, sentenciada a nove anos, sete meses e 15 dias de prisão; Cíntia Bastos de Sousa, conhecida como Irmã Ruiva, sentenciada a 11 anos, dois anos e dois meses de prisão; Aílton Maciel Lino, conhecido como Irmão Snoopy, 15 anos, cinco meses e cinco dias de prisão; Luis Felipe Lima de Carvalho, conhecido como Irmão 43, sentenciado a 13 anos, um mês e cinco dias de prisão; e Marcos Antônio de Castro Farias, conhecido como VP, Matuê ou Oculto, sentenciado a 11 anos, dois meses e 22 dias de prisão.
Por outro lado, foram absolvidos das acusações: Gilson Marques Mendes Madureira e Maria do Socorro Rodrigues Cipriano.