"Foco é descobrir a origem", afirma delegado da PF sobre vazamento da redação do Enem
Investigações tiveram início no Paraná. Polícia Federal apreendeu dois suspeitos, um deles em Sobral, no Ceará, além de materiais que devem auxiliar na investigaçãoA operação “Limite Virtual”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 24, investiga a possibilidade do envolvimento de organização criminosa no vazamento da prova da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Duas pessoas foram apreendidas no âmbito da operação, um deles em Sobral, no Ceará.
“O foco principal é que a gente descubra a origem, quem bateu a foto da prova, essa é a nossa principal linha de investigação”, declarou o delegado Daniel Ramos, da PF de Juazeiro do Norte. As diligências tiveram início ainda no estado do Paraná, onde os policiais federais descobriram a possibilidade de um outro suspeito, envolvido no vazamento, que estaria localizado na Região do Cariri.
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“A Polícia Federal continuou com as diligências investigativas e identificamos que esse suspeito era na verdade da cidade de Sobral. A PF fez a representação para Justiça Federal de Sobral e hoje foi a deflagração da operação, onde logramos êxito e colhemos materiais importantes para nossas investigações”, prossegue o delegado Ramos.
Conforme a PF, o vazamento da prova tomou um ritmo significativo nas redes sociais, onde houve o compartilhamento. “Então nós queremos saber quem mais divulgou, quais as justificativas dessa divulgação, qual o fim dela e, se existe algo mais grave por trás, somente a operação pode identificar", conclui.
Ao todo, 15 policiais federais atuam na operação. Caso os indícios apurados sejam comprovados, o suspeito pode responder pelo crime de fraude em certame de interesse público,a pena pode chegar a oito anos de prisão.
O nome “Limite Total”, conforme à PF, tem o objetivo de alertar as pessoas sobre os limites que devem ser impostos nas redes sociais.