Região de Fortaleza deve voltar a receber águas do Castanhão neste ano

Segundo a Funceme, Ceará tem 45% de probabilidades de ter chuvas abaixo da média história no primeiro trimestre da quadra chuvosa — fevereiro, março e abril

16:56 | Jan. 19, 2024

Por: Ana Rute Ramires
Açude do Castanhão, maior reservatório do Brasil, se encontra no Vale do Jaguaribe (foto: JÚLIO CAESAR)

A Região de Fortaleza deve voltar a receber águas do Castanhão neste ano de 2024, conforme o diretor-presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), Yuri Castro. Atualmente, a Grande Fortaleza é abastecida pelo sistema metropolitano, formado pelos açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião.

"Certamente, nós vamos precisar do aporte do açude Castanhão. A transposição de água do Jaguaribe para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF)", afirmou. O Castanhão, maior açude do País, está com 23,44% da capacidade total de abastecimento, conforme o Portal Hidrológico. 

"No ano passado, já iniciamos transferências internas. Açude Pacajus transferindo para Pacoti, que fica mais próximo da bacia de Fortaleza. Mas isso dentro da Bacia Metropolitana", contextualizou. 

O prognóstico para o primeiro trimestre da quadra chuvosa no Estado foi divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nesta sexta-feira, 19, no Palácio da Abolição, em Fortaleza. O presidente da Cogerh frisou a irregularidade no volume entre as bacias. 

"O Estado como um todo está com quase 38% de acumulação total, mas nós temos três bacias hidrográficas: bacia do Curu, dos Sertões de Crateús e do Médio Jaguaribe, que tão abaixo de 30%. São mais preocupantes e tem alguns municípios que podem nos preocupar mais", afirmou.

As bacias citadas estão com 26,24%, 19% e 22,98% do volume total. Dos 157 reservatórios monitorados pela companhia, 47 estão com volume inferior a 30% da capacidade. 

Quadra chuvosa 2024: 45% de chances de chuvas abaixo da média

O Ceará tem 45% de probabilidade de chuvas abaixo da média entre fevereiro e abril de 2024, conforme anunciado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nesta sexta. As chances de precipitações dentro da normal e acima da normal são de 40% e de 15%, respectivamente, nos referidos meses, os quais compõem a maior parte da quadra chuvosa, de fevereiro a maio.

A tendência é de uma estação chuvosa mais curta para o Ceará. Os resultados indicam ainda que a tendência de uma estação chuvosa mais curta este ano.

Ou seja, com os principais acumulados de chuva entre os meses de fevereiro e março, sendo mais irregulares em abril e, principalmente, em maio.