Em dois anos, Ceará avança na cobertura de vacinas de rotina
Destaques são para as coberturas da febre amarela, tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), poliomielite, DTP (contra difteria, tétano e coqueluche), varicela (89,09% da cobertura vacinal) e a segunda dose da tríplice viral (81,52%)Entre 2022 e 2023, o Ceará avançou nos índices de vacinação de rotina de crianças, aponta o Ministério da Saúde (MS). Os destaques são para as coberturas da febre amarela, tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), poliomielite, DTP (contra difteria, tétano e coqueluche), varicela (89,09% da cobertura vacinal) e a segunda dose da tríplice viral (81,52%).
De 2019 a 2021, órgãos de saúde estaduais identificaram um cenário de queda nas coberturas vacinais do Calendário Básico de Vacinação entre crianças menores de um ano de idade (BCG, Rotavírus, Meningo C, Penta, Pneumo 10v, Polio) e de um ano de idade (Tríplice Viral) no Estado.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
A partir de 2022, e, sobretudo, em 2023, todavia, foi observada a retomada das coberturas vacinais. Neste ano, por exemplo, o Ceará ocupou o primeiro lugar do País no ranking de cobertura vacinal para a vacina tríplice viral.
O secretário executivo de Vigilância em Saúde e membro do conselho de leitores do O POVO, Antônio Lima (Tanta), evidencia que o Ceará atualmente está acima da média nacional em praticamente todos os imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Para o secretário, os resultados "revelam o esforço não só do Ministério da Saúde e do Estado, mas dos municípios e dos profissionais de saúde que são os verdadeiros responsáveis por aplicar as doses. Estamos felizes em retomar as grandes coberturas que, tradicionalmente, nós já tínhamos".
Com isso, o Ceará volta a se aproximar das metas de cobertura gerais, que prospectam alcance de 95%. Quanto a todas as outras vacinas, em 2023, o Ceará apresentou avanço de cobertura vacinal em crianças, quando comparado a 2022.
Há pequenas exceções de vacinas que estão abaixo da média. Por exemplo, a BCG (85,18%), que, conforme Tanta, foi causada por conta da falta de distribuição para as unidades de saúde. "Este é um problema não só estadual, mas em todo território brasileiro", assume o titular da pasta.
Assim com a febre amarela, com 65,89% de abrangência populacional no Estado. A justificativa do profissional é a recém-chegada da dose nas unidades de saúde.
Tanta outrora evidenciou, no entanto, que grande parte da cobertura se resume entre 80% a 90% de adesão.
"Em 2024, o Brasil todo vai ter que continuar com as campanhas. E não só isso, é preciso criar uma rotina, porque não basta apenas campanhas se a população não criar uma rotina de vacinação", encerra Tanta.
Ana Karine Borges, coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), conta que as "campanhas de multivacinação e microplanejamento, "que buscaram planejar e organizar estratégias de vacinação considerando realidade de cada município", foram peças fundamentais para o aumento dos números de doses aplicadas.
As estratégias devem ser mantidas para o ano de 2024, de acordo com a gestão estadual.
Em 2023, o Ceará também antecipou a vacinação contra influenza com alcance das melhores posições no País em relação à cobertura vacinal.
Cobertura da bivalente Covid-19
Dados apresentados pelo Ministério da Saúde (MS) na última terça-feira, 19, mostram que o Ceará atingiu a primeira posição no Nordeste em melhor desempenho na vacinação bivalente contra a Covid-19, com 17,72% de cobertura e 1.544.216 doses aplicadas. Também é a terceira maior do País, atrás, somente, do Distrito Federal, com 21%, e de São Paulo, que possui 20,5% da cobertura bivalente concluída.