Ceará tem redução de 60% nas notificações de arboviroses em 2023
A avaliação é da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e considera os dados até a primeira semana de dezembro em relação ao mesmo período de 2022
Ao longo do ano de 2023, houve queda de casos de todas as arboviroses — dengue, chikungunya e zika — no Ceará. Segundo Ana Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), é possível observar redução em torno de 60% de notificações em relação a 2022.
Leia mais
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Até a semana epidemiológica (SE) 49 de 2023, de 3 a 9 de dezembro, foram notificados 38.081 casos suspeitos de dengue no Ceará no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Destes, 36,7% (13.972/38.081) foram confirmados.
O número de casos notificados em 2023 representa uma redução 63,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior (104.611), o que demonstra um cenário de baixa ocorrência da doença. O sorotipo DENV1 mostra-se mais prevalente, com os maiores percentuais de detecção neste ano.
A taxa de incidência acumulada dos casos notificados até a semana epidemiológica 49 de 2023 é 433,1 de casos por 100 mil habitantes. Foram confirmados oito óbitos por dengue neste período.
Segundo a coordenadora, este ano apresentou baixa circulação viral de arboviroses. "A gente tem um ambiente suscetível e o vetor (Aedes aegypti). Mas tem períodos que não têm a circulação viral alta", afirma.
Com relação à chikungunya, em 2023, foram confirmados 1.924 casos, número 8,7 vezes menor que os notificados em 2022, segundo o documento da Sesa. Em 2023 foram confirmados 1.924 casos, representando uma taxa de incidência acumulada de 21,9 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa.
No ano vigente, dois óbitos em decorrência da chikungunya foram confimados, sendo um do sexo feminino, com 10 anos, e outro do sexo masculino com 88 anos, residentes nos municípios de Choró e Catunda, respectivamente.
No histórico, os anos de 2016, 2017 e 2022 são considerados epidêmicos, especialmente 2017 foi o ano com maior número de casos confirmados e o mais impactante.
Em 2023, foram notificadas 1.073 suspeitas de zika, destas 1% (11/1.073) foram confirmadas. A taxa de incidência dos casos notificados em 2023 foi de 12,2 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa. Não houve confirmação de óbito por Zika no ano.
O boletim explica que a zika apresenta um cenário com baixos registros de casos notificados e com poucas confirmações quando comparada com as demais arboviroses, dengue e chikungunya.
"Quando a gente fala de detecção viral, a gente pode ver que a região do Litoral Leste tem mais dengue do que chikungunya. Norte também, tem um pouco mais casos, mais pulverizados. Já o Sertão Central teve mais detecção de chikununya. Cariri também teve mais de dengue. Região de Fortaleza teve maior detecção em relação à dengue", detalha sobre as regiões.