Polícia Civil do Ceará sequestra R$ 3 milhões em bens de chefe de facção preso
De acordo com as investigações, a família do homem preso vivia uma vida de luxo incompatível com os ganhos legaisOperação nomeada de Cashback, da Polícia Civil do Ceará, sequestrou R$ 3 milhões em bens de um chefe de facção que está recluso em um presídio federal. Deflagrada na terça-feira, 19, operação tinha como objetivo a "asfixia financeira" de integrantes de organização criminosa com atuação no Estado.
De acordo com o delegado geral da PC-CE, Márcio Gutierrez, a "Cashback" foi o desdobramento da operação Guilhotina, que ocorreu em 2021 e tirou de circulação chefes de grupos criminosos. A Guilhotina mostrou a expansão das facções em 2020. Na operação anterior foram apreendidos 630 quilos de cocaína no Pará.
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Essa apreensão causou prejuízo de R$ 70 milhões ao grupo criminoso. A operação daterça-feira, 19, sequestrou imóveis de luxo que foram bloqueados na operação e apreensão de carros de alto valor.
"A operação (de terça,19) está dentro da diretriz de realizar o enfrentamento das organização das facções, por meio da identificação, prisão de integrantes de alta hierarquia e caça ao patrimônio dessas pessoas. Tudo aquilo que eles angariaram com tráfico de drogas e arrancar deles. E buscar que todo esse patrimônio se reintegre aos cofres públicos e seja usado pelo Estado no combate às organizações criminosas", relatou o delegado geral.
O titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro, Renê Mesquita, comenta que houve a deflagração da fase ostensiva, resultado de uma investigação que começou há aproximadamente um ano em razão da ocultação de bens que são resultados de crime.
Foram quatro sequestro de imóveis, em Fortaleza, Eusébio e Recife (PE). Além de veículos em Manaus (AM) e Recife (PE)."Mesmo preso e sem ter lastro que permitisse, a família desfrutava de um padrão de vida incompatível com a vida dele. Imóveis e veículos que foram adquiridos com dinheiro do crime", ressaltou.
O homem estava preso há mais de um ano possui histórico criminal com homicídios, tráfico de drogas, tráfico internacional de drogas, com condenações no Amazonas e no Pará. O homem estava recluso em penitenciaria do Ceará, mas foi transferido para uma unidade federal.
A companheira dele, de 38 anos, também é investigada. Ela desfrutava de uma vida de luxo e a Polícia Civil identificou que havia incompatibilidade das atividades dela com o patrimônio financeiro. Uma das características do casal, conforme apontou a investigação, é de que os bens não eram colocados no nome dele ou de familiares, mas no de terceiros.
A delegada Ivana Marques, diretora do Departamento de Recuperação de Ativos, que faz parte da Delegacia de Combate a Lavagem de dinheiro, aponta que há necessidade de "seguir o dinheiro", pois as organizações almejam lucro e fazem divisão de funções, buscando mais lucro financeira.
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