Relembre mortes ocorridas em presídios e centros socioeducativos no Ceará
Desde 2019, oito homicídios ocorreram nessas unidades, conforme dados oficiais
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) agrupa em uma mesma categoria mortes ocorridas em presídios e centros socioeducativos. Conforme os números da pasta, desde 2019, ocorreram oito homicídios nesses estabelecimentos.
Nesse domingo, 10, um preso, identificado como Carlos Henrique Oliveira Alves, foi encontrado morto em uma cela da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2), a antiga CPPL II, localizada na Região Metropolitana de Fortaleza.
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Há a suspeita de que ele foi morto após ser obrigado a tomar um coquetel com substâncias letais, mas a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) afirma que somente após investigação será possível identificar as causas da morte.
Veja a seguir as últimas ocorrências fatais em estabelecimentos de privação de liberdade no Ceará
Em 28 de dezembro de 2022, um adolescente foi morto a golpes de barra de ferro no Centro Socioeducativo de Sobral (Região Norte do Estado). Os agressores seriam outros dois socioeducandos.
Em 24 abril de 2022, um adolescente de 14 anos foi morto no Centro Socioeducativo Canindezinho. Também outros adolescentes foram apontados como autores do ato infracional. Ele foi enforcado e cortado com gilete; a motivação seria o fato dele ter se gabado de ter matado o motorista de Uber José Hilker Assunção durante um assalto.
Em 18 de fevereiro de 2022, um detento veio a óbito no Centro de Triagem e Observação Criminológica (CTOC), em Aquiraz (Região Metropolitana de Fortaleza). Conforme a Polícia Civil, ele teria tido um surto enquanto estava na Delegacia de Capturas e foi agredido por outros detentos. Horas depois, ao ser transferido para o CTOC, ele passou mal e morreu.
Em novembro de 2021, um policial penal matou um colega e, depois, tirou a própria vida na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba (Região Metropolitana de Fortaleza.
Em março de 2020, o adolescente Douglas Vieira da Silva, de 17 anos, foi encontrado morto no Centro Socioeducativo do Passaré. Em outubro de 2019, a vítima foi Pablo Oliveira da Silva, de 17 anos, encontrado morto no Centro Educacional Patativa do Assaré (Cepa).
Um mês antes, um preso foi encontrado morto na Unidade Prisional Regional de Sobral. Por fim, em março de 2019, Francisco Paulino de Melo foi morto na Cadeia Pública de Caridade (Sertão de Canindé). Ele teria sido assassinado por outros presos por ter sido acusado de estuprar uma criança de seis anos.
Há ainda o caso da morte suspeita de Osmar Bezerra de Oliveira, ocorrida em 12 de junho de 2021 no CTOC. À época, a SAP divulgou que Osmar morreu após “sentir-se mal”, mas laudo cadavérico apontou estrangulamento por asfixia mecânica. Até hoje, o inquérito policial segue em andamento sem identificar possíveis responsáveis pela morte.
Chegada de Mauro Albuquerque fez cair número de mortes no sistema prisional cearense
Uma das principais marcas celebradas pela SAP é a redução no número de homicídios no Estado após a criação da secretaria e a vinda de Mauro Albuquerque para assumi-la, em 2019. Conforme dados da SSPDS, de 2013 a 2018, 211 homicídios foram registrados em centros socioeducativos e presídios do Estado.
Somente durante a greve dos agentes penitenciários em 2016 ocorreram 14 assassinatos. Em 2018, uma chacina deixou 10 mortos na Cadeia Pública de Itapajé (Vale do Curu).
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