Organização criminosa que se passava por escritório de advocacia é alvo de operação no Ceará
Foram cumpridas 83 ordens judiciais, em três estados, contra suposto grupo criminoso suspeito de se passar por escritórios de advocacia. Doze pessoas foram presas
Grupo acusado de formar organização criminosa que se passava por escritórios de advocacia para aplicar golpes em vários estados brasileiros foi alvo de operação das Polícias Civil do Ceará e de São Paulo. A ofensiva foi deflagrada na manhã desta quarta-feira, 22.
A maioria das vítimas era do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. As investigações apontaram que os criminosos criavam registros no Cadastro Nacional de Pessoas Júridicas falsos e entravam em contato com as vítimas. Eles forneciam dados reais sobre os processos que elas eram partes.
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O grupo se utilizava de vários números telefônicos para aplicar golpes em aplicativos de mensagens. Eles pediam dinheiro às vítimas para pagar os documentos, com a falsa promessa de que receberiam o valor total dos processos. Nos locais apontados como escritórios existiam pastelaria e outras lojas.
A operação denominada "Lobo em pele de cordeiro" foi deflagrada pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) e é resultado de uma investigação entre as polícias do Ceará e do Paraná. São 83 ordens judiciais contra uma organização criminosa que estaria fingindo atuar como escritórios de advocacia para aplicar golpes em diversos estados do Brasil.
De acordo com a Polícia Civil do Ceará, 200 policiais civis cumpriram mandados em Fortaleza e na Região Metropolitana da Capital. Além de Ceará e Paraná, a ação policial ocorre também em São Paulo.
Foram expedidos 20 mandados de prisão e 63 mandados de busca e apreensão. Destes, 14 pessoas foram presas e mais 63 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Os membros da organização são suspeitos de estelionato e outros crimes.
Mais de 50 vítimas registraram Boletim de Ocorrência (B.O). Os criminosos entravam em contato com vítimas que tinham valores a receber em precatórios e começavam a cobrar indevidamente, fazendo uso de documentos falsos com a promessa de liberar o pagamento desses valores a receber.
Em um dos locais onde foi cumprido mandado, no município de Maracanaú, a Polícia Civil aprendeu dois revólveres. Um homem de 38 anos foi preso e encaminhado a unidade policial, onde foi registrado o auto em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Conforme a PCCE, o trabalho tem o objetivo de enfraquecer o crime organizado, o que é uma diretriz das polícias civis de todo o país.
Atualizada às 11h43min
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