Centro Integrado reforça prevenção à diabetes em Fortaleza

Estações educativas para os pacientes do Centro foram realizadas para divulgar informações sobre a doença, os cuidados necessários e a importância do tratamento. Programação celebra semana do Dia Mundial da Diabetes

O Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH) realiza ações educativas sobre a diabetes e os fatores de risco relacionados à doença em alusão ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado no dia 14 de novembro, e ao Novembro Azul, mês voltado a campanhas de conscientização sobre a doença. Nesta quinta-feira, 16, o equipamento abordou as complicações da diabetes e a prevenção de riscos.

Estações educativas sobre temas que envolvem a doença foram montadas no Centro. Uma das ações abordava o desenvolvimento dos dispositivos de leitura da glicemia e de aplicação da insulina ao longos dos anos, como as canetas, a insulina inalável e as bombas de insulina.

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Outra ação explicou aos pacientes sobre o condicionamento da insulina, a aplicação das doses, o descarte e a monitorização da glicemia. A iniciativa também era voltada a pacientes com deficiência visual e, a partir de um boneco, apontava os locais adequados para a aplicação da insulina.

Os tipos mais comuns da doença são: a diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e a diabetes gestacional, que pode ser desenvolvida durante a gravidez. O Tipo 1 pode aparecer na infância ou na adolescência e se desenvolve de forma autoimune.

Na diabetes Tipo 2, a insulina não é devidamente aproveitada pelo corpo, e esse tipo da doença é mais diagnosticado em adultos. Nesse caso, a insulina não é secretada pelo pâncreas e ocorre um aumento do açúcar no sangue.

Existem fatores de risco para o diabetes, como obesidade, sedentarismo, hipertensão e histórico familiar. Os principais sintomas da doença são: fome, sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia.

O CIDH está localizado no bairro Aldeota, em Fortaleza, e presta assistência especializada, ensino e pesquisa em diabetes e hipertensão, além de atender crianças e adolescentes com alterações no crescimento e desenvolvimento com baixa estatura e/ou puberdade precoce.

Diabetes: importância do diagnóstico precoce

A diretora do CIDH, Cristina Façanha, explica que a doença pode se manifestar de forma lenta e, algumas vezes, sem sintomas. Por isso, a especialista destaca a importância do diagnóstico precoce.

“60% das pessoas que têm diabetes Tipo 2 não sabem que tem. E aí, evolui até chegar uma complicação. Geralmente, elas procuram um médico por conta de já estar em um quadro muito grave, quando o pâncreas passa a ficar deficiente, aí eles começam a urinar muito, ter muita sede, comer muito e emagrecer. É muito importante que a gente faça o diagnóstico precoce”, diz.

A diretora também enfatiza que a doença não tem cura, mas que há tratamento. No caso do pré-diabetes, Cristina aponta que é uma situação em que os médicos conseguem intervir e evitar as complicações.

“É muito importante que seja tratado cedo, sejam mudados os fatores que fazem desencadear o diabetes para prevenir o desenvolvimento da doença. O pré-diabetes é uma situação que se consegue evitar a instalação da doença. O problema do diabetes são as complicações a longo prazo, e, no pré diabetes, a gente consegue prevenir de forma mais adequada.”

Para prevenir a doença, o estilo de vida também pode ser modificado, como a alimentação e o sono.

“A forma como você cuida da saúde, do peso, daquilo que você escolhe para comer, o uso de ultra processados. Essas comidas com mais conservantes geram uma reação inflamatória no corpo, e essa reação facilita muito a instalação de doenças crônicas degenerativas, incluindo o diabetes. Certas mudanças, às vezes, não são grandes assim no seu estilo de vida, mas faze uma diferença danada no teu futuro”, afirma.

Diabetes e o cuidado com os pés

O cuidado com os pés também foi o tema de uma das ações realizadas nesta quinta-feira, 16. De acordo com a enfermeira Alana Régia, os pés de uma pessoa com diabetes podem perder a sensibilidade, e os pacientes devem ter um cuidado maior para evitar lesões ou, até mesmo, a amputação.

Dentre os cuidados, estão:

  • Observar diariamente os pés
  • Procurar qualquer sinal de vermelhidão, bolhas, calos, cortes ou mudanças na cor dos pés
  • Lavar os pés utilizando um sabão ou sabonete suave e água em temperatura ambiente
  • Secar os pés com uma toalha macia, principalmente entre os dedos
  • Aplicar hidratante nos pés
  • Usar meias limpas (de algodão, cor branca e sem costura)
  • Usar sapatos resistentes e adequados
  • Manter as unhas aparadas usando uma lixa apropriada e descartável.

A enfermeira aponta que os pacientes não devem utilizar água gelada, quente ou morna nos pés ou utilizar calçados apertados ou sandálias de cabresto, pois os pés ficam desprotegidos e, devido ao ressecamento da pele, podem resultar em uma ferida.

Edna Souza, de 64 anos, tem diabetes Tipo 2 e faz acompanhamento no Centro há mais de dez anos. Ela afirma que tem cuidado redobrado com os pés e que nunca teve lesões no local.

“Quando eu vou calçar meu sapato, todo dia eu passo hidratante, e quando eu vou cortar minha unha eu vou para o podólogo [...] Tem que ter cuidado, porque a diabetes não tem cura. Se você fizer tudo certinho, com certeza você não vai ter problema lá na frente”, pontua.

A continuidade do tratamento é um dos pontos enfatizados pela campanha. De acordo com a diretora Cristina Façanha, alguns pacientes não continuam o acompanhamento por acharem que a doença está controlada.

“O diabetes é uma doença crônica. Baixar a glicemia não significa que curou a doença. O diabetes não se cura, se controla e o controle tem que ser feito no dia a dia. A vida muda, o corpo vai mudando com ela, e é importante que esse ajuste seja feito de forma frequente.”

Cristina também explica que a situação pode resultar em complicações da doença.

“Infelizmente, quando aparece, é uma retinopatia que já evoluiu para a cegueira, um rim que foi lesado pelo diabetes ao longo de anos. E aí, não tem como voltar atrás, aí lá vai para os programas de diálise para a necessidade de transplante.”

As ações da campanha no Centro seguem até sexta-feira, 17. Veja a programação completa:

Quinta-feira (16/11) e sexta-feira (17/11)

Estações Educativas no CIDH – a partir das 8h30min:

Estação prevenção do pé diabético
Estação sobre evolução das tecnologias no tratamento de diabetes mellitus tipo 1
Estação sobre tipos de insulinas disponíveis para tratamento do diabetes
Estação sobre baropodometria (avaliação da pisada para pacientes com diabetes)
Estação sobre curativos para o pé diabético
Vacinação para pessoas com diabetes atendidas pelo CIDH: Hepatite B, Influenza, Dupla Adulto e Pneumo 10

Quinta-feira 16/11

A partir das 8h30min
Alerta para prevenção das complicações da diabetes: monitorização da glicemia e prevenção de riscos

Sexta-feira 17/11

A partir das 8h30min
Curso “Educação em Diabetes” para usuários com diabetes mellitus tipo 2 com aplicação de questionários de risco sobre diabetes
Cuidados com os pés para pacientes com diabetes

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