Escrivã apontada como mandante da morte de advogada será julgada 11 anos após o crime

O crime aconteceu em 2012 e o homem acusado de ser o executor da vítima também será julgado

18:45 | Nov. 02, 2023

Por: Jéssika Sisnando
Fórum Clóvis Beviláqua (foto: Alex Gomes em 04-11-2019)

O julgamento da escrivã da Polícia Civil Regina Lúcia de Amorim Gomes, apontada como mandante da morte da advogada Maria Daniele Ximenes, ocorre na segunda-feira, 6. O crime ocorreu no dia 22 de junho no ano de 2012, em Fortaleza. O outro réu do caso é Carlos Cley Rebouças Rocha, acusado de ser o executor de Daniele. 

O representante do Ministério Público que deve atuar no julgamento é o promotor Marcus Renan Palácio de Morais e o assistente de acusação será a própria Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), por meio do advogado Márcio Vitor Meyer de Albuquerque e outros quatro integrantes da OAB que integram o Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia. 

Os réus serão julgados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima. 

Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará em 2012. Regina possuía uma disputa judicial relacionada à partilha de bens após o falecimento do homem. A advogada Daniele fazia a defesa do homem. 

Na época, a advogada foi morta dentro do próprio escritório. O acusado da execução possuía antecedentes criminais por homicídio. Conforme os autos, Regina conheceu o executor na cadeia, em Horizonte, após ele ser preso por porte ilegal de arma de fogo. 

Escrivã: prisão e candidatura a vereadora

A escrivã chegou a ser presa em cumprimento de um mandado de prisão. Ela se entregou na Delegacia de Capturas, mas atualmente segue em liberdade. Já Carlos segue preso. 

Regina chegou a ser candidata a vereadora no município de Horizonte antes do crime. 

(Colaborou Cláudio Ribeiro)