Cariri: 600 internos participam de aulões preparatórios para Encceja e Enem

A participação no Encceja é opcional e é destinada a jovens e adultos que não concluíram os estudos no período recomendado

08:57 | Out. 11, 2023

Por: Gabriela Monteiro
Imagem de apoio ilustrativo. Ao todo, 13 mil detentos do sistema prisional do Ceará farão a prova, que será aplicadas nos dias 18 e 19 de outubro (foto: Divulgação/ Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização)

Com a proximidade do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja), do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 600 detentos da Unidade Prisional do Cariri participam de aulões preparatórios para as avaliações.

A participação no Encceja é opcional, de graça e é destinada a jovens e adultos que não concluíram os estudos no período recomendado, que para o ensino fundamental é de no mínimo 15 anos e para o ensino médio é de no mínimo 18 anos completos na data da realização do exame.

As provas serão aplicadas nos dias 17 e 18 de outubro em 29 unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza e interior do Ceará. Ao todo, mais de nove mil inscritos farão o exame para a prova do ensino fundamental e mais de três mil inscritos farão o exame para o ensino médio.

Em entrevista ao jornalista Farias Júnior, da rádio O POVO CBN Cariri, o coordenador de educação da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), Rodrigo Moraes, explica que a prova é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que, desde de 2010, é aplicada para pessoas privadas de liberdade.

“Com o Encceja, o interno pode lograr êxito e ser certificado no ensino fundamental e ensino médio, e, desde 2010, nós temos esta prova específica para esse público. Aqui no Ceará, a SAP tem investido de maneira intensa nestas ações, não só inscrevendo os internos, mas também capacitando-os com professores da Secretaria de Educação”, pontua.

Rodrigo ressalta que os professores realizam aulões sistemáticos nas unidades prisionais. No Crato, as aulas foram ministradas presencialmente. “Aqui no Ceará, nós temos mais de seis mil internos estudando e mais de 12 mil internos lendo livros. Então, nós percebemos um interesse crescente dos internos em estudar, desde a alfabetização até o ensino superior. É uma dinâmica que difere o que o senso comum constrói”, reforça.

No Ceará, 13 mil detentos participam da edição 2023 da prova do Encceja, a ser realizada nos turnos da manhã e da tarde em um exame de 120 questões dividido em quatro provas.