Capacete Elmo: 62% dos pacientes que usaram não precisaram de intubação, diz estudo

A taxa de pessoas que sobreviveram após serem tratadas com o capacete foi de 76%

Um estudo sobre o capacete Elmo, utilizado para auxiliar pacientes que precisavam de ventilação mecânica durante a pandemia de Covid-19, mostrou a taxa de sucesso do equipamento em casos reais. A pesquisa Elmo Registry reuniu dados de 1.685 pessoas que usaram o equipamento. Conforme os resultados, 62% não evoluíram para a intubação.

Os pacientes incluídos no estudo estiveram internados no hospital público Leonardo da Vinci, e no hospital privado Regional da Unimed, com casos graves ou moderados de Covid-19. Após a utilização do Elmo, apenas 38% pioraram e precisaram ser intubados. A taxa de pessoas que sobreviveram após serem tratadas com o capacete foi de 76%.

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“Na Ciência, quando você faz um estudo de vida real, geralmente os resultados são abaixo do projetado. Nós estamos vendo um resultado até melhor em algumas situações do que o estudo piloto que a gente fez em 2020”, relata o professor Marcelo Alcântara Holanda, ex-superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) e um dos criadores do Elmo.

Marcelo apresentou os dados do estudo no “Simpósio de Atualização do DSMCA-UFC Covid-19: O Que Aprendemos até aqui”, realizado no evento do Departamento de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (DSMCA) da Faculdade de Medicina da UFC nesta sexta-feira, 6.

“Isso nos anima a seguir implementando o capacete, desenvolvendo, fazendo mais estudos e usando em outras condições que apresentam quadros pulmonares parecidos”, diz Marcelo. Segundo ele, o estudo também é importante para subsidiar o argumento de que o capacete deve ser incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante a palestra para os estudantes do curso de Medicina, o professor relembrou que o Elmo foi desenvolvido como alternativa para formas de ventilação mecânica invasivas, como a intubação. Além de promover mais conforto para o paciente, ele diminuía o risco de infecção de profissionais de saúde e deixava menos sequelas.

O evento também teve presença do médico Antonio Silva Lima Neto (Tanta), secretário-executivo de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que falou sobre as lições aprendidas pela epidemiologia durante a pandemia de coronavírus. Os professores José Leite Júnior, do Departamento de Literatura da UFC, e o professor Robério Leite, do DSMCA, também palestraram.

O Elmo também obteve mais um incentivo, levando o primeiro lugar da categoria Inovação Tecnológica Aplicada à Saúde do Prêmio Euro: Inovação na Saúde. A premiação foi de 50 mil euros. O equipamento ainda concorre à votação da Iniciativa Destaque, com prêmio de 450 mil euros.

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