Controladoria abre 52 novas investigações por supostos crimes de policiais

As investigações abrangem desde homicídios, tortura, lesões corporais até crimes de menor potencial ofensivo

Novas investigações contra 52 policiais militares, civis e penais foram publicadas no Diário Oficial do Estado (CGD) dessa quinta-feira, 24. A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) vai apurar casos que envolvem homicídios, tortura, corrupção, tentativa de homicídio, lesão corporal, dentre outros crimes de menor potencial ofensivo.

Das 52 investigações, 41 foram abertas contra policiais militares, seis contra policiais penais e cinco contra policiais civis. Os fatos que deram causa às apurações aconteceram do ano de 2015 até agora.

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Um dos fatos mais recentes que serão alvo de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é a execução de pai e filho, no dia 18 de agosto, no município do Eusébio. O suspeito é o soldado Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça, preso pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI), em parceria com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O ex-policial Mayron Murray Bezerra Aranha, expulso da PM por ter tentado matar a tiros a ex-companheira, será novamente investigado por uma suspeita de envolvimento com jogo do bicho. Ele também é acusado de participar da morte do então prefeito do município de Granjeiro, o ‘João do Povo’, ocorrida em 2019.

O também ex-policial Antônio José de Abreu Vidal Filho, demitido por determinação judicial, depois de ser condenado pela Chacina do Curió, está na lista de investigados da CGD por suposta deserção. Ele foi preso nos Estados Unidos, em agosto deste ano.

Parte dos policiais militares citados nas investigações teria usado violência no momento das abordagens, a exemplo de quatro PMs suspeitos de uma ação que terminou com duas pessoas feridas a bala, em Baixio; e de outros quatro PMs suspeitos de executar um homem durante uma intervenção policial, em Trairi.

Contra os policiais penais, o fato que mais pesa são as fugas de detentos em seus turnos de trabalho. A CGD abriu sindicâncias para apurar se houve algum tipo de facilitação em duas ocorrências registradas nos Complexos Penitenciários de Itaitinga.

Um profissional é investigado por se negar a devolver um armamento institucional e outro teria mudado a posição das câmeras de segurança para dormir durante o horário de trabalho, na cidade de Novo Oriente.

Outras investigações por supostos crimes de policiais

A CGD também vai apurar a participação dos policiais em ‘bicos’ como seguranças particulares, faltas injustificadas, desrespeito a superiores hierárquicos, uso de documento falso, apresentação de atestados médicos falsos e excesso de punições disciplinares por parte do mesmo servidor.

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