Três policiais militares são presos em operação contra agiotagem e lavagem de dinheiro

Operação aconteceu em Canindé e entre os suspeitos há ainda uma empresária do ramo de postos de gasolina e um ex-vereador do Município

11:23 | Ago. 24, 2023

Por: Kleber Carvalho
Delegacia de Assuntos Internos investiga o caso (foto: Aurelio Alves/ O POVO)

Seis pessoas, entre elas três policiais militares, foram presas em Canindé, nesta quinta-feira, 24, por crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro, ameaças e constrangimentos ilegais com a participação de agentes da segurança pública.

Entre os alvos, estão ainda uma empresária do ramo de postos de gasolina, um ex-vereador do Município e sua esposa, além de um segurança patrimonial. O grupo criminoso teria iniciado atuação em 2019 e a movimentação ilícita já chega a R$ 8,2 milhões. 

A investigação teve início a partir da denúncia de uma pessoa envolvida no esquema, que estaria sendo extorquida pelo grupo, liderado por um PM apontado como alvo principal da operação e preso preventivamente hoje pela manhã. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPCE), o policial emprestava dinheiro a juros exorbitantes e depois ocultava os valores recebidos de forma ilegal. 

Além dele, outros três mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária foram cumpridos contra operadores de agiotagem, laranjas e encarregados da lavagem de dinheiro do esquema. Também foram apreendidos três veículos de luxo, quatro armas de fogo e R$ 15 mil.

A Operação, que ganhou o nome de "São Francisco", está sendo executada também pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), por intermédio da Delegacia de Assuntos Internos (DAI). São cumpridos ainda nove mandados de busca e apreensão

Os trabalhados ainda tiveram a participação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (FICCO/PF), do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Coin/ SSPDS).

Em nota, a GGD informou que um processo disciplinar foi imediatamente instaurado contra o PM, principal investigado, que será devidamente apurado pela administração do órgão.