Em sete meses, Ceará já registrou mais de 1,2 mil incidentes com gases
Dados são referentes a ações do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, em maioria com gases natural, carbônico, nobre, combustível, metano e butanoO número de ocorrências com gás no Estado aumentou nos sete primeiros meses de 2023. Com 1.218 incidentes, o período entre janeiro e julho deste ano foi maior do que o registrado em 2022, quando 1.202 ocorrências foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE).
De acordo com o CBMCE, os gases mais recorrentes nesses casos são os gases natural, carbônico, nobre, combustível, metano e butano, este último, presente no gás de cozinha, muito comum nas residências.
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O aumento no primeiro septuamestre vai contra a tendência de queda registrada nos últimos anos. Os 2.118 atendimentos em 2022 quebraram uma sequência de quedas no número total anual de ocorrências, que vinha caindo nos anos de 2019, 2020 e 2021, com respectivamente 2.092, 1.957 e 1.624 chamados.
Um desses casos ocorreu durante a noite do último domingo, 20, na Travessa São Gonçalo, no bairro Presidente Kennedy, em Fortaleza. Em nota, a corporação afirmou que o incidente foi motivado por um vazamento, que logo foi resolvido com a troca de uma peça chamada “ou-ringue”.
Como saber quando trocar o gás de cozinha?
A recomendação dos bombeiros é que tanto registro, quanto mangueira de gás sejam trocados a cada cinco anos, para evitar possíveis vazamentos. Também é importante averiguar se não há amassados ou marcas de ferrugem no botijão durante a troca do equipamento. Sinais como esses podem indicar vazamentos já existentes.
Ainda é recomendável nunca deitar o botijão, pois esta posição facilita com que o gás líquido vaze e possa entrar em contato com alguma fonte de calor próxima, causando sérios acidentes.
O que fazer em casos de vazamento
Ao contrário do que se pensa, o Corpo de Bombeiros não deve ser acionado quando há fogo. Existem casos como o vazamento de GLP — vazamento de gás de cozinha — que, mesmo sem fogo, se for percebido que há o cheiro característico de gás, o CBMCE deve ser acionado pelo número 193.
A major do CBMCE, Juliany Freire, orienta que em casos de vazamento, o lugar deve ser arejado, com a abertura de portas e janelas, para que o gás se espalhe e a concentração dele diminua e os riscos de explosão também.
“Após esse procedimento, é importante acionar o corpo de bombeiros através do telefone 193, que nós iremos enviar equipes para o local para verificar o que está ocasionando o vazamento e também fazer a retirada segura do botijão de gás para um local mais arejado. Se nós não conseguirmos resolver aquele problema, aquele vazamento, a gente aciona a empresa fornecedora de gás”, comenta a major.
Colaborou, Gabriela Monteiro, especial para O POVO
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