Mutirão de cirurgias eletivas: 12 mil pacientes da fila de espera não foram encontrados
Atualização de dados cadastrais pode ser feita por meio do WhatsApp ou por ligaçãoPelo menos 12.200 pessoas que estão na fila para realizar cirurgias eletivas no Ceará não foram encontradas pelo Estado. Pacientes com dados errados ou desatualizados podem ser prejudicados, apesar de não serem excluídos da fila. A atualização dos dados é essencial para a marcação dos exames, das consultas e por fim, do procedimento cirúrgico.
A lista de espera está sendo atualizada para a realização dos Planos Estadual e Nacional de Redução da Fila de Cirurgias Eletivas, iniciados em abril. Os planos têm o objetivo de aumentar a capacidade da rede estadual de saúde para suprir a demanda de cirurgias eletivas — aquelas que não são de urgência — que ficaram reprimidas durante a pandemia.
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Caso o paciente não atenda as ligações, realizadas em três dias e turnos diferentes, o nome e endereço são enviados para o município de residência informado no cadastro. Agentes de saúde, então, são encarregados de procurar o cidadão no território.
Saiba como atualizar o cadastro:
A Sesa disponibiliza canais de atendimento para quem está na fila de cirurgias e precisa atualizar os dados, como telefone e endereço. Os atendentes estão disponíveis nos contatos divulgados das 7 às 18 horas, de segunda a sexta-feira.
WhatsApp:
(85) 32196073
(85) 32199366
(85) 30012610
Telefones:
(85) 32191065
(85) 32199858
(85) 32196045
Sala de Situação das Cirurgias Eletivas:
(85) 32194210
(85) 31012666
(85) 31015217
(85) 34882136
Elmano espera chegar a dezembro com “situação razoável”
Até o fim da primeira quinzena de junho, 1.017 cirurgias foram feitas com os recursos dos planos. A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) não divulgou quantas cirurgias foram feitas até esta terça-feira, 25, pelo mutirão. No entanto, somadas às cirurgias eletivas de rotina realizadas pelos hospitais da rede, 25 mil procedimentos foram feitos em 2023.
Segundo o governador Elmano de Freitas (PT), a fila de espera por cirurgias eletivas no Ceará tinha 68 mil pessoas no início de 2023. Agora, o número está em cerca de 32 mil pessoas, conforme Elmano. Os planos de redução da lista têm recursos para a realização de 45 mil desses procedimentos. Um relatório sobre os primeiros quatro meses do mutirão deve ser lançado em 3 de agosto.
Para aumentar a capacidade de operação, 69 convênios foram assinados com unidades hospitalares privadas, filantrópicas e municipais. Os contratos têm duração de um ano. Dessas unidades, 59 já estão realizando as cirurgias.
“Nós estamos muito animados, esperamos terminar o ano numa situação muito razoável, não posso dizer que a gente termina com a fila inteira”, afirmou o governador em entrevista na sede do O POVO.
Elmano destacou a área da ortopedia como um desafio, principalmente relacionada a aquisição de próteses e órteses. “Não só pela cirurgia, é porque uma encomenda [da prótese] às vezes demora três, quatro ou cinco meses, porque ela é feita especificamente para aquela pessoa”, disse. Já a fila da área de cardiologia na região do Cariri tem um resultado positivo. “Estamos praticamente zerando”, afirmou.
Ceará deve fazer chamamento de clínicas e laboratórios para exames de alta complexidade
De acordo com o coordenador da Regulação dos Sistemas de Saúde da Sesa, Breno Novais, junto da atualização da necessidade da cirurgia e da gravidade da situação, os pacientes da fila de espera também têm a demanda de exames de alta complexidade analisada.
“A Regulação está trabalhando, vendo as demandas e quantidade necessárias em cada regional para a gente conseguir fazer a contratualização para além da rede Sesa. A gente vai contratualizar com outros laboratórios e clínicas que podem ajudar a gente a acelerar esse programa”, disse.
Breno afirmou que, no momento, ocorre o dimensionamento da demanda. “Eu sei que se eu conseguir dar celeridade e adiantamento a esses exames, eles vão impactar diretamente os pacientes que precisam desses exames para a programação da cirurgia”, explicou.