Homem é preso em Fortaleza em operação contra hackers que atacavam sites do governo
Um dos investigados reside em Fortaleza, onde os agentes cumpriram mandado de busca e apreensãoAs Polícias Civil do Distrito Federal (PCDF) e do Ceará (PCCE) deflagraram nesta terça-feira, 27, a operação "Inceptum", com o objetivo de desarticular um grupo de hackers que realizava ataques a plataformas do governo. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Taguatinga (DF) e Fortaleza (CE).
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As duas pessoas investigadas faziam parte de um grupo responsável por ataques cibernéticos feitos nos últimos meses. O delegado-chefe Giancarlos Zuliani, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), explicou, em nota, que o grupo invadia sites públicos para interromper os serviços.
No Distrito Federal, o último ataque identificado foi realizado no dia 18 de outubro de 2022, quando a rede interna GDFNet foi alvo de ataque cibernético.
No mandado cumprido na residência do suspeito em Fortaleza, os policiais encontraram um computador com credenciais que forneciam acesso a sites e bancos de dados vinculados à segurança pública de vários estados brasileiros.
As credenciais permitiam o acesso a informações confidenciais de instituições e de pessoas públicas e comuns. As informações possibilitavam a produção de dossiês contra autoridades, comercialização e fornecimento dos dados das vítimas para a aplicação de golpes na internet e a venda de dados pessoais, obtidos de forma clandestina.
O investigado que reside em Taguatinga, no Distrito Federal, realizava a venda de documentos falsos, como certidões de óbito e carteiras de vacinação.
Nesta terça, 27, a PCDF, em ação conjunta com a PC-CE, também deflagrou a terceira fase da Operação "Payback". Os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão em Fortaleza.
A operação investiga a subtração de valores de uma instituição financeira a partir de um erro no aplicativo de mobile banking. O crime foi cometido entre os dias 27 e 28 de março de 2022.
O erro permitia que o usuário realizasse o cancelamento de operações, como o agendamento de um Pix, mas que o valor fosse creditado em favor do titular da conta. Os valores eram transferidos para outras contas ou utilizados no pagamento de boletos e compras diversas.
O valor movimentado na fraude chegou a R$ 3 milhões somente no Distrito Federal.