Cascavel: bebê que foi abandonado em terreno baldio é adotado
A 2ª Vara da Comarca regional concedeu a guarda definitiva da criança para um casal que estava na fila de adoção há cerca de seis anos
A Justiça cearense encerrou o processo de adoção envolvendo um bebê que foi abandonado em um terreno baldio na cidade de Cascavel, no Ceará. Na quinta-feira, 25, a 2ª Vara da Comarca regional concedeu a guarda definitiva da criança para um casal que estava na fila de adoção há cerca de seis anos.
O bebê, do sexo feminino, foi abandonado em junho de 2022, quando ainda era recém-nascido. Na ocasião, populares encontraram a criança sozinha em um terreno baldio e acionaram o Conselho Tutelar.
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Um ano depois, uma audiência realizada pelo Juízo da Comarca de Cascavel decidiu o destino do bebê. Por determinação judicial, o poder de família dos pais biológicos da criança foi destituído e houve o reconhecimento da "guarda definitiva aos pretendentes que estavam no topo da fila de adoção".
Participaram da audiência representantes de órgãos como o Ministério Público do Ceará (MPCE), a Defensoria Pública do Estado e o Conselho Tutelar.
Nova família
Decisão mudou não apenas o destino da criança, mas do casal que a adotou. Isso porque a chegada da pequena deu à Amélia Sampaio, 49, e a César Mendes, 52, uma função que ansiavam receber: a de pais.
O comerciante e a professora estão há mais de duas décadas juntos e não podem gerar filhos de forma natural. Em 2017, os dois decidiram adotar uma criança e desde então estão na fila de adoção.
A espera do casal teve um fim na última semana, quando obtiveram a guarda definitiva da criança e viram a vida mudar completamente. Agora eles são pais e a bebê ganhou um novo nome: Ana Julia.
"É um ato que modificou completamente as nossas vidas. A minha como pai, a minha esposa, como mãe (...) Nós agradecemos muito primeiramente a providência maior por essa dádiva (...) É uma satisfação, é um prazer incalculável ter uma filha, porque já esperávamos já há bastante tempo (....) Para nós é uma verdadeira benção", diz César.
O sentimento é compartilhado por Amélia, que confessa que a espera longa na fila de adoção "pode desestimular", mas que nem mesmo isso abalou os sonhos do casal. "Como sempre tínhamos certeza de que deveríamos realizar todo o processo da adoção de forma correta, respeitando todos os trâmites (...) Sentimos muita esperança, fé e ciência de que tudo ocorre no tempo de Deus", diz a professora.