Chacina de Camocim: prisão de policial civil suspeito de matar colegas é mantida

A defesa solicitou a liberdade provisória, e a Justiça negou com fundamento da garantia da ordem

13:20 | Mai. 15, 2023

Por: Jéssika Sisnando
Os quatro policiais civis foram mortos no domingo, 14, em Camocim. Da esquerda para a direita: os escrivães Antônio Cláudio dos Santos, de 46 anos, Antônio José Rodrigues Miranda, de 43 anos, o inspetor Gabriel de Souza Ferreira, de 36 anos, e o escrivão Francisco dos Santos Pereira, de 46 anos (foto: via WhatsApp O POVO)

O policial civil Antônio Alves Dourado, de 44 anos, teve a liberdade provisória negada durante audiência de custódia nesta segunda-feira, 15, em Sobral, a 234,8 km de Fortaleza. A defesa dele é da advogada Neirilane Roque, que solicitou a liberdade, no entanto, o juízo negou com fundamento da garantia da ordem.  O policial civil é apontado como autor da chacina de Camocim, que deixou quatro policiais civis mortos

Conforme a advogada, a garantia da ordem é um fundamento em que se pode manter a prisão em conversão de preventiva. No caso dele, o argumento foi a garantia da ordem pública, pois houve uma repercussão grande e não se pode dar a sensação de impunidade.

A prisão do inspetor Dourado aconteceu no domingo, 14, quando ele foi autuado em flagrante. Ele preferiu ficar em silêncio durante o depoimento. 

Chacina de Comocim: policial civil invade delegacia e mata colegas

O inspetor da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) Antônio Alves Dourado invadiu a Delegacia Regional de Camocim e matou quatro policiais civis.

Foram encontrados indícios de que ele pretendia usar gás de cozinha contra os colegas e matar outros agentes de segurança. As investigações apontam que a ação foi planejada. 

A tragédia foi a maior chacina da história do Ceará com policiais sendo as vítimas.