Jornalista cearense Wilson Ibiapina morre em Brasília aos 80 anos
Wilson Ibiapina trabalhou como jornalista por mais de 60 anos, e atualmente dirigia redação na Capital FederalMorreu na noite dessa terça-feira, 9, o jornalista cearense Wilson Ibiapina. Ele faleceu em Brasília, aos 80 anos.
A informação da morte foi confirmada pela Rede Globo, onde o profissional trabalhava. Ibiapina comandava, atualmente, a sucursal de Brasília do Sistema Verdes Mares de Comunicação.
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A carreira de Wilson no jornalismo teve mais de seis décadas. Ele começou no ramo aos 14 anos, como repórter voluntário em um jornal de Fortaleza. Aos 19, trabalha na TV Ceará, primeira emissora do Estado.
O canal era propriedade do conglomerado Diários Associados, de Assis Chateaubriand, e Wilson passou por outros veículos do grupo. Em 1968 vai para o Rio de Janeiro, onde trabalha no Correio da Manhã e na TV Tupi.
Na década de 1970, Ibiapina é convidado para a Rede Globo, e torna-se o primeiro repórter do grupo de mídia em Brasília. Na Capital Federal, Wilson realizou diversas coberturas ao longo da ditadura militar, como o enterro do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976, e as eleições de 1985, primeiro pleito à Presidência da República em mais de 20 anos.
Após um período na Radiobrás, precursora da atual Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Wilson retorna à Globo. Ele foi editor do canal em Brasília e coordenou a criação da TV Verdes Mares, afiliada da emissora no Ceará.
Desde então, ele passou por diversas posições dentro da Rede Globo e da afiliada cearense. Atualmente, dirigia a sucursal de Brasília do Sistema Verdes Mares (SVM).
Samira de Castro, presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que trabalhou com Wilson no jornal Diário do Nordeste, lembra com carinho do colega. Ela o classificou como "uma referência de profissional cearense que ganhou o país, levando a saudade da terra e a satisfação de sempre acolher os conterrâneos".
Angela Marinho, secretária da Associação Cearense de Imprensa (ACI), também conviveu com Ibiapina. Para ela, o jornalista "foi um embaixador da cultura cearense em Brasília" e "anfitrião dos colegas que iam à capital federal".
Segundo a família, Wilson foi a óbito por falência múltipla de órgãos. Não há informações sobre velório e sepultamento do jornalista.
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