Congresso no Ceará reúne novas tecnologias e pesquisas em odontologia

O Cioce 2023, que acontece no Centro de Eventos do Ceará, dos dias 6 a 9 de maio, tem mais de sete mil inscritos e 130 palestrantes nacionais e internacionais

A sétima edição do Congresso Internacional de Odontologia (Cioce), que acontece desde o último sábado, 6 de maio, até esta terça-feira, 9, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, já reuniu mais de sete mil participantes e contou com 130 palestrantes nacionais e internacionais. O evento também conta com exposições de empresas de tecnologia, oficinas práticas e apresentação de trabalhos científicos. O acesso à feira comercial é gratuito para visitantes.

O Cioce é o segundo maior evento de odontologia do País, atrás somente do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP). Em 2023, a feira teve o seu maior público até então, bem como a maior quantidade de trabalhos apresentados.

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Gracemia Picanço, diretora da Faculdade de Odontologia Paulo Picanço, que está entre as instituições parceiras do evento, conta que participa da feira desde a sua primeira edição, à época como estudante universitária. Ela conta que o Cioce tem conseguido trazer ao Ceará tecnologias que, anteriormente, os profissionais teriam que buscar em São Paulo.

“Hoje o Cioce consegue trazer para cá muito do que a gente tinha que buscar lá de aprendizado, de conhecimento, então acho que essa foi a maior aquisição. Deixou de ser um simples evento local, com comerciantes, uma feira local, e passou a ser um evento nacional," relata.

Essa percepção não é isolada. Segundo o presidente do Congresso, Felipe Leite, a perspectiva é de que, apesar da estigmatização da região, que muitas vezes não é procurada pela indústria odontológica, a partir das próximas edições, a indústria procure o congresso, e não o contrário.

Ele destaca também que o Ceará hoje é um celeiro e uma fonte de pesquisadores. "A produção de ciência do povo cearense, do dentista, do estudante, do acadêmico cearense, é muito grande. A gente é uma referência no país,” afirma.

Além das novas tecnologias, Leite informa que o evento também busca trazer temáticas como o piso salarial dos profissionais e o acesso ao atendimento odontológico na saúde básica, secundária e terciária.

"É um desafio dar a assistência necessária. Além da cobertura, que precisa ser muito grande, os serviços necessitam de estrutura física para que sejam viabilizados. O consultório odontológico é complexo, tem tecnologia, tem equipamento, precisa ter um saneamento. É um desafio para eles (governantes) tanto a promoção de saúde bucal, quanto a prevenção de saúde bucal e a realização dos procedimentos de saúde bucal, e a gente se sensibiliza com isso também," disse o presidente.

De fato, o campo da odontologia dispõe e necessita de um amparo tecnológico diverso. Diante disso, o mundo tem se voltado para tecnologias de inteligência artificial e CAD/CAM, como coloca o cirurgião dentista Andrade Neto, que ministrou uma palestra sobre falhas na previsibilidade de alinhadores nesta segunda-feira.

“CAD que seria a tecnologia feita através de programas e de softwares para você desenvolver planejamentos para fazer tratamentos odontológicos, e o CAM que é o desenvolvimento de máquinas para que elas possam fazer o trabalho que antes era manual, com laboratórios manuais. Isso traz modernidade para os consultórios. O Brasil é um país de vanguarda no cenário mundial porque tem excelentes profissionais que trabalham essa tecnologia e essa técnica", explicou.

O congresso, que conta com mais de 80 expositores nacionais e internacionais, busca explorar essas inovações da indústria odontológica, seja na odontologia digital e harmonização orofacial, ou por meio de novas tecnologias aplicadas às especialidades tradicionais. Além disso, durante o congresso, cerca de 900 trabalhos científicos foram apresentados.

Dentre eles está o apresentado pela aluna do oitavo semestre de odontologia, Naylane Gomes, que participou do desenvolvimento de um aplicativo que busca acompanhar pacientes em tratamento ortodôntico para evitar casos de reabsorção radicular.

“Nosso aplicativo se propõe a avaliar o paciente durante o tratamento ortodôntico para que ele não venha a ter casos de reabsorções radiculares acentuadas, para que ele venha a ser acompanhado e não evolua para problemas maiores como a perda dentária, dentre outras coisas," elucidou a estudante.

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