Izolda Cela sustenta proposta do Novo Ensino Médio e defende diálogo

Em entrevista à rádio O POVO CBN, a secretária executiva do Ministério da Educação também apontou para importância de uma boa gestão nas escolas

A secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Izolda Cela, defende a manutenção do Novo Ensino Médio (NEM), porém, destaca a necessidade de mudanças e mais diálogo para sua implementação. Uma consulta pública sobre o NEM acontece desde a segunda-feira, 24, e a gestora destaca que a proposta capitaneada pelo Governo Federal deva passar pelo escrutínio de diferentes setores da sociedade civil.

Izolda concedeu entrevista para o programa Debates do POVO, da rádio O POVO CBN, na tarde desta quarta-feira, 26. O encontro foi mediado pela jornalista Daniela Nogueira e contou com a participação dos também jornalistas Plínio Bortolotti e Sara Oliveira.

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Questionada sobre as diferenças estruturais entre as escolas de ensino médio, ela reconheceu as lacunas e ressaltou a importância da gestão escolar. “Gestão é uma chave para o sucesso. É preciso ter liderança e responsabilidade. Não são só as boas intenções, é preciso ter o fazer qualificado”, aponta. 

A secretária executiva do MEC, que já foi governadora do Ceará e secretária da Educação do Estado,  também sublinhou que é necessário oxigenar a relação do estudante com a sua unidade de ensino.

“Alguns dos princípios da proposta [do Ensino Médio] têm convergência com metas do Plano Nacional de Educação, como mais tempo em sala de aula e a elaboração de um currículo que seja mais flexível e significativo para o jovem. É preciso fortalecer o vínculo do jovem com a escola. Além disso, temos uma oferta mais extensa de formação técnica e profissional”, destacou.

Izolda ainda apontou que a pandemia de Covid-19 e a falta de coordenação por parte do Ministério da Educação foram fatores decisivos para a demora na implementação do Novo Ensino Médio. “Isso gerou uma série de problemas para professores, estudantes, especialistas e gestores”, enfatizou.

Sobre as pressões enfrentadas para a suspensão da proposta, Izolda ressaltou a necessidade de ouvir as demandas de diferentes grupos, afirmando que estas podem funcionar como elementos corretivos.

A secretária também falou sobre os ataques realizados em escolas brasileiras, frisando que a violência não é da natureza da unidade de ensino, mas que questões externas têm feito com que estes ambientes sofram com atentados e agressões.

Ela defende que sejam desenvolvidos projetos voltados ao melhoramento do convívio e a relação entre as pessoas na escola. “É preciso transformar a escola em um espaço de prevenção de problemas relacionados à saúde mental”.

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