Cearense cria inteligência artificial para ajudar o filho a parar de chupar o dedo
O vídeo do "Detector de Dedo" viralizou nas redes sociais ao mostrar como a tecnologia funcionaSamuel Luz, 31, morador de Pacoti, a 93,5km de Fortaleza, queria que o filho, Issac Marques Luz Gomes, de 2 anos, parasse de chupar o dado. Eis que o desenvolvedor de software resolveu apostar na inteligência artificial para ajudar o pequeno.
Foi assim que nasceu o "Detector de Dedo", ferramenta criada por Samuel e que viralizou nas redes sociais. O desenvolvedor fortalezense explica que a ferramenta diferencia os padrões de comportamento de Isaac e pausa os vídeos que o filho assiste quando um dos padrões é acionado pela captura dos movimentos.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
“O computador consegue encontrar uma fórmula matemática para poder diferenciar um padrão, que é quando a criança tá com o dedo na boca, de outro padrão, que é quando ela tá sem o dedo na boca. Então, é tudo matemática”, explica.
O fortalezense, que atualmente mora em Pacoti, conta que havia tentado vários métodos para que o filho parasse de chupar o dedo, mas nada surtiu efeito. Como trabalha com tecnologia, o desenvolvedor pensou que poderia resolver o problema do filho utilizando visão computacional.
“Filmei ele chupando o dedo, aí fiquei fazendo o recorte das imagens pra poder treinar a inteligência artificial, aí depois treinei a rede e apliquei lá para pausar o vídeo toda vez que ele estivesse chupando o dedo”, comenta.
Da idealização do projeto à finalização foram cerca de três semanas. Samuel conta que só conseguia trabalhar no projeto aos finais de semanas por conta do seu trabalho regular.
Sobre o sucesso que o detector de dedo teve nas redes sociais, Samuel conta que não esperava tamanha repercussão. “Eu estava já começando a gerar conteúdo, queria compartilhar o que eu achava interessante… eu queria mostrar o potencial da visão computacional, mostrar um projetinho que eu fiz aqui pra mostrar as aplicações de visão computacional. Não esperava que tivesse essa repercussão tão grande, não”, acrescenta.