Testemunha de crimes de tráfico e homicídio recebe ameaças no Ceará
Operação da Polícia Civil do Ceará ocorreu em novembro de 2019 e resultou na prisão de oito pessoas — incluindo dois policiais militares
17:01 | Abr. 02, 2023
Uma testemunha de crimes de tráfico de drogas e homicídios na região do Sertão Central do Ceará recebeu uma série de mensagens de WhatsApp com ameaças, que também se estendiam à família dela. A situação aconteceu após a prisão de irmãos de policiais militares (PMs) detidos em meio a uma operação da Polícia Civil que investigava por tráfico de drogas, tráfico de armas e homicídios na Região.
Um dos PMs detidos foi solto recentemente. Depois disso, conforme documento obtido pelo O POVO, uma das testemunhas recebeu mensagens de WhatsApp de um número ameaçando ele e sua família.
As prisões aconteceram em novembro de 2019 em uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Ceará, que resultou na prisão de oito pessoas. Os crimes seriam resultado de uma rixa entre famílias. As investigações apontavam uma série de delitos. À época, foram presos dois irmãos PMs, além de civis suspeitos dos crimes..
A investigação também envolvia dois policiais militares de Fortaleza, que pertencem à mesma família. Eles foram presos com armas de alto calibre e de uso exclusivo da Polícia, além de munições. Na época, a operação envolveu 70 policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No mês de fevereiro deste ano, um dos irmãos, sargento da Polícia Militar, foi solto.
A denúncia obtida pelo O POVO por meio de documento aponta que os advogados que acompanham as testemunhas protocolaram pedido de prisão preventiva de um dos irmãos que foi solto e apontaram as mensagens que diziam. "Aí tu vai descontar os dias que passei nesse inferno aqui, viu, vagabundo".
O nome da testemunha não é divulgado por questões de segurança. O nome dos suspeitos foi suprimido por não haver mandado ou flagrante confirmados. Em caso de o inquérito apontar autoria, o texto poderá ser atualizado.
O POVO obteve o documento no qual as defesas dos suspeitos afirmam que não partiu deles qualquer tipo de ameaça.
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